"REBELDE"

Deputado governista sugere que Paulo Câmara demita todos os secretários, menos Figueira

Antônio Figueira, secretário da Casa Civil, é o nome forte do governo Paulo Câmara

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 27/12/2016 às 17:37
Foto: João Bita/Alepe
Antônio Figueira, secretário da Casa Civil, é o nome forte do governo Paulo Câmara - FOTO: Foto: João Bita/Alepe
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Integrante da base do governo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Álvaro Porto (PSD) sugeriu ao governador Paulo Câmara (PSB) que demita todos os secretários estaduais e deixe apenas o titular da Casa Civil, Antônio Figueira (PSB). A "sugestão" ocorreu em meio a uma crítica pela não liberação de recursos do Fundo Estadual de Apoio aos Municípios (FEM). Álvaro é visto como "rebelde" na base governista, pelas diversas críticas que faz a administração estadual.

"Fui informado que o FEM passou a depender da caneta de Figueira. A nossa preocupação é que os critérios para a liberação do dinheiro sejam político-partidários. Não é possível que, além de ter de enfrentar cobradores, os prefeitos passem a correr o risco de serem perseguidos politicamente", afirmou o deputado, dizendo ter procurado a Secretaria de Planejamento para acompanhar a liberação do FEM.

Ao se referir ao modo como Figueira tem ganho poder de decisão, inclusive sobre a liberação de recursos financeiros, o deputado sugere ao governador que aproveite a reforma no primeiro escalão para demitir os demais secretários. "Além de fazer economia necessária aos cofres estaduais ia deixar claro quem manda no Estado", explica.

FEM SEM LIBERAÇÃO

Segundo Álvaro Porto, a não liberação de recursos do FEM tem obrigado prefeitos a terminarem o ano com cobradores na porta, pois estão sendo pressionados por gestores que querem receber pelos trabalhos realizados. Da Seplag, o parlamentar diz ter ouvido que dos R$ 14 milhões previstos para o programa apenas R$ 2 milhões chegaram à pasta. O parlamentar cita Angelim e Canhotinho, no Agreste, como cidades que cumpriram todas as exigências do FEM, mas não receberam os recursos.

"Há municípios onde obras estão paradas por conta da suspensão de repasses. E existem situações em que as obras estão terminadas, as prestações de conta estão em dia, as vistorias também e, ainda assim, o dinheiro aprovado pelo programa não chega aos municípios", dispara o deputado. "Este Governo está desmontando todas as iniciativas positivas criadas pelos Governos de Eduardo Campos. Já acabou com o Pacto Pela Vida e agora vai enterrando o FEM", critica.

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