Violência

Prefeitos do Agreste estão preocupados com crise na segurança

Prefeitos os prefeitos de Limoeiro, Joãozinho (PSB), de Garanhuns, Izaías Regis (PTB), e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) relataram que criminalidade é crescente

Aline Araújo
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Aline Araújo
Publicado em 03/02/2017 às 12:48
Foto: Reprodução/ Radio Jornal
Prefeitos os prefeitos de Limoeiro, Joãozinho (PSB), de Garanhuns, Izaías Regis (PTB), e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) relataram que criminalidade é crescente - FOTO: Foto: Reprodução/ Radio Jornal
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Os prefeitos os prefeitos de Limoeiro, Joãozinho (PSB), de Garanhuns, Izaías Regis (PTB), e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) relataram em entrevista ao programa SuperManhã, nesta sexta-feira (3), que as cidades do Agreste estão sofrendo com a onda de violência que vem afetando bruscamente o Estado

De acordo com Raquel Lyra a situação da segurança é a principal pauta hoje, mas não porque outras pautas como a saúde melhoraram, e sim porque o crime contra o patrimônio e contra vida cresceram muito em até 400% em algumas localidades de Caruaru. “Não é que os policiais não façam esforço, mas é uma questão conjuntural importante que precisa ser repensada e rediscutida em Pernambuco”, disse. Para a prefeita de Caruaru, as metas não estão sendo suficiente. “O sentimento que eu tenho é que precisamos emponderar as polícias e vamos ter que recomeçar, porque esse sistema está estrangulado”, falou.  

O mais incisivo foi o prefeito de Garanhuns, Izaías Regis (PTB). Ferrenho opositor de Paulo Câmara, ele atribuiu ao governador a situação da segurança na cidade. “O governo de Pernambuco esqueceu Garanhuns, nem o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (Fem) recebemos ainda. Garanhuns é a capital do Agreste Meridional, enquanto Caruaru tem 700 mil habitantes, Garanhuns tem quase 1 milhão. Temos a maior área coberta pelo Batalhão de Polícia de Pernambuco, mas não temos policiais nas ruas. Estamos vivendo um caos na segurança pública. Um caos na saúde. Nós precisamos da presença do Estado”. 

Crise Nacional

Para o prefeito de Limoeiro, o socialista Joãozinho (PSB), a cidade também passa por dificuldades, mas entende que é uma fase nacional e atribuiu a violência à crise. “Nossa região tem sofrido o que o país tem passado. É um problema nacional, devido à crise, não do Estado de Pernambuco. A pessoa não querer enxergar que existe um problema nacional do ponto de vista econômico, social e ético, é querer fazer política. Entendemos essas dificuldades, temos problemas na nossa cidade também” alfinetou Izaías Regis. 

O prefeito de Garanhuns rebateu afirmando que culpar a crise é desculpa para não assumir uma postura mais rígida. “Agora em Pernambuco estamos acostumados a culpar a crise. Lógico que estamos vivendo uma crise: moral, ética e política. A econômica está sendo atraída por isso tudo. Mas precisamos rever a política de Pernambuco e não é querendo fazer política não. Porque não sou candidato a nada. Não aguento mais essa desculpa: ‘é a crise!’, é a crise e o povo se lascando”, disse. 


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