O governador Paulo Câmara (PSB) e sua equipe de secretários têm um encontro marcado neste sábado (18) no Palácio do Campo das Princesas. Na ocasião, o socialista fará um balanço das ações estaduais em 2016, detalhará o planejamento para este ano e passará mais informações sobre o giro que pretende fazer pelo território pernambucano entre março e abril.
O encontro está sendo organizado pelas secretaria de Planejamento e Gestão, responsável pelos dados mais técnicos repassados aos auxiliares, e pela secretaria da Casa Civil, que fornecerá as informações mais políticas uma vez que a reunião também servirá para animar a tropa governista neste ano pré-eleitoral.
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“A reunião é um plano de voo para o governador mostrar como a gente pretende atravessar 2017. Em 15 e 16, a gente fez o mesmo movimento para dizer como vai ser o ano. É um ano que continua em crise fiscal e econômica”, afirmou o secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni.
Em relação ao balanço, ele disse que o governo tem o que celebrar. “A gente só fala de crise, mas a gente investiu R$ 2,8 bilhões nesses dois anos. Temos avanços a olhos vistos onde se passar no Estado. Se não houvesse gestão, a gente não tinha chegado (às conquistas)”, declarou.
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Havia a expectativa que a reunião pudesse ser cancelada caso o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), viesse ao Estado neste sábado para uma agenda administrativa. A assessoria do tucano informou que a viagem foi adiada e, com isso, o encontro de Paulo com os auxiliares está mantido.
TODOS POR PERNAMBUCO
Um dos assuntos de Paulo Câmara (PSB) com sua equipe de secretários neste sábado será a agenda que ele terá em cidades do interior entre março e abril. O giro pelo Estado, inicialmente, estava sendo tratado pelos governistas como edição extra do Todos por Pernambuco (conjunto de plenárias realizado em 2015 para recolher sugestões populares de projetos e ações).
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A um mês das viagens, o governo mudou o discurso. “Não é Todos por Pernambuco. O Todos por Pernambuco é um instrumento de planejamento, está instituído no modelo de gestão e nos ajudou a ouvir a população para fazer o Plano Plurianual (2016-2019). Agora, deve ter outro nome. Vamos fazer uma ‘devolutiva’ do que a gente fez. Apesar da crise, parte do que foi pedido foi realizado e a gente precisa mostrar ao povo de Pernambuco o que foi feito”, explicou o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni.
Este ano, Paulo Câmara informou que reeditaria o Todos por PE para “repactuar” novas metas com a população. De acordo com o governador, a crise econômica não permitirá que a maioria das sugestões apresentadas em 2015 saia do papel e é hora de dialogar e estabelecer prioridades.
A oposição enxergou a volta do Todos por Pernambuco como “oportunismo eleitoral”. Na avaliação dos deputados oposicionistas, a caravana governista nada mais é do que uma campanha antecipada de modo que o nome de Paulo Câmara se fortaleça para a garantir sua reeleição.
Esta semana, a oposição anunciou que irá às mesmas cidades visitadas por Paulo Câmara como forma de fazer um contraponto ao discurso apresentado pelo governador. O roteiro ocorrerá dentro do que os oposicionistas chamam de “Pernambuco de Verdade”.
A agenda foi definida em um jantar na casa do deputado Álvaro Porto (PSD), que é de um partido da base governista, mas na prática faz oposição ao socialista.
O nome formal do conjunto de visitas de Paulo e o roteiro (datas e cidades) estão sendo formatados. “Tem uma equipe em campo que voltou hoje (ontem) de noite do Sertão. Amanhã (hoje) me apresenta um balanço para ver onde tem a infraestrutura necessária para a onde a gente vai”, informou Stefanni.
O programa Todos por Pernambuco foi criado na primeira gestão de Eduardo Campos, em 2007, e é coordenado pela secretaria de Planejamento e Gestão. Em 2015, o programa foi finalizado em meio a protestos de professores da rede pública estadual de ensino. A pressão dos profissionais da área de Educação sobre Paulo Câmara ocorreu em diversos momentos da realização dos seminários. Em Timbaúba, ele foi criticado por estudantes da rede pública.