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Geraldo Julio cobra a renúncia do presidente Michel Temer

Em entrevista a Rádio Jornal, o prefeito do Recife afirmou que renúncia de Temer seria a melhor opção para reconstruir um outro caminho para a governabilidade

JC Online
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Publicado em 18/05/2017 às 18:46
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Em entrevista a Rádio Jornal, o prefeito do Recife afirmou que renúncia de Temer seria a melhor opção para reconstruir um outro caminho para a governabilidade - FOTO: Foto: JC Imagem
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Em entrevista realizada nesta quinta-feira (18) ao apresentador da Rádio Jornal Ednaldo Santos, o prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB) defendeu a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB). O peemedebista enfrenta uma grave crise em seu governo após a denúncia de que ele aprovou a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha.

"Fazendo uma análise muito serena desse momento difícil que o Brasil está passando, o que nos parece é que esse governo perdeu as condições políticas, perdeu as condições de governabilidade, essas condições políticas devem, daqui pra frente, inclusive, piorar um pouco mais. Me parece que a decisão que melhor ajudaria o País nesse momento era se o presidente tivesse tido a serenidade e a tranquilidade de optar pela renúncia e o país aí então começar a reconstruir aí então um outro caminho para a governabilidade", afirmou o prefeito.

"Não renunciarei"

Também na tarde desta quinta-feira (18), Temer realizou um pronunciamento afirmando que não irá renunciar do cargo. "Na investigação pedida pelo STF surgirão todas as explicações. Demonstrarei no Supremo não ter envolvimento", disse.

O peemedebista alertou que a revelação da conversa "gravada clandestinamente" trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção não dimensionada". " Meu governo essa semana viveu seu melhor e pior momento. Queda da inflação, número de retomada da economia , geração de empregos, criaram esperança de dias melhores".

Abertura de inquérito

O ministro Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito conta o peemedebista por conta das revelações da delação do dono da JBS, Joesley Batista, que implica Temer num esquema de pagamento para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

Além da ação no Supremo, Michel Temer também será julgado no próximo dia 6 de junho no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na ação que apura abuso de poder econômico e político da chapa Dilma-Temer, em 2014. O entendimento do Ministério Público é de que a chapa não seja dissociada, e que tanto Temer quanto Dilma sejam cassados.

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