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Eduardo defendia flexibilização trabalhista, diz deputado do PSB

João Fernando Coutinho se refere ao ex-governador Eduardo Campos e afirma que o PSB tem colocado parlamentares em uma situação desconfortável

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Publicado em 19/07/2017 às 19:48
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João Fernando Coutinho se refere ao ex-governador Eduardo Campos e afirma que o PSB tem colocado parlamentares em uma situação desconfortável - FOTO: Divulgação
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O deputado federal João Fernando Coutinho é um dos integrantes do PSB que entraram na mira da direção nacional do partido por ter votado a favor da reforma trabalhista. O parlamentar virou alvo do conselho de ética da legenda e está incluído no grupos dos socialistas que estão prestes a deixar a sigla para se abrigar em outra legenda. Para o pernambucano, a ofensiva do PSB contra alguns de seus filiados não tem sentido.

"O então candidato a presidente Eduardo Campos defendia uma flexibilização da legislação trabalhista, uma legislação da década de 40 em que sequer computador existia. Agora as relações de trabalho são bem distintas. Essa é uma decisão (votar pela reforma trabalhista) que busca valorizar o emprego formal, novos empreendedores. Foi baseado nisso que tomamos o nosso posicionamento de votar a favor da reforma", disse, pouco antes de participar de uma cerimônia ao lado do governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas.

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Entre os defensores da reforma trabalhista, está o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), a quem João Fernando Coutinho é ligado. FBC, como Fernando Bezerra é conhecido no meio político, tem se reunido com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar da formação de um novo partido que abrigaria os dissidentes do PSB. Cogita-se também que o senador tenha interesse em ir para o PMDB.

"Não estou em uma lista dos insatisfeitos. A relação em que me encontro é dos que receberam processos no conselho de ética. O PSB, que historicamente nunca teve esse tipo de comportamento por parte da direção nacional do partido, nos coloca numa posição desconfortável", declarou.

De acordo com João Fernando Coutinho, a Executiva nacional do PSB tem sido injusta.

"Parte do partido deseja a expulsão de alguns parlamentares, inclusive a minha, ou a punição. Eu, que tenho uma história de mais de 20 anos de militância do PSB, que não comecei hoje no partido. Sou do tempo das vacas magras, do tempo em que éramos oposição ao primeiro governo Jarbas Vasconcelos (PMDB, hoje aliado do PSB). Naquele instante, após a derrocada do partido em 98 poucas pessoas tiveram a disposição de enfrentar as urnas e ajudar na última eleição de Miguel Arraes", destacou.

Apesar das declarações, João Fernando Coutinho não quis crava que esteja negociando a saída do PSB junto ao senador Fernando Bezerra Coelho.

"Eu aposto sempre no esgotamento da capacidade de diálogo que possamos exercer na busca do reagrupamento e do fortalecimento da unidade do PSB. Tenho conversado com parte dos insatisfeitos do partido para que tenham paciência, calma. Mas esperamos o aceno concreto por parte das principais lideranças do partido", relatou.

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