Torrentes

Alvo da PF, ex-comandante da PM recebeu medalha por serviços prestados durante enchentes

Os trabalhos feitos na Operação Reconstrução em municípios da Mata Sul e do Agreste do Estado geraram a premiação

Vinícius Barros
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Vinícius Barros
Publicado em 09/11/2017 às 12:51
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Os trabalhos feitos na Operação Reconstrução em municípios da Mata Sul e do Agreste do Estado geraram a premiação - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Envolvido no âmbito da Operação "Torrentes", que investiga desvios de recursos das enchentes na Mata Sul de Pernambuco entre 2010 e 2017, o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D'Albuquerque chegou a ser premiado com o Grau de Comendador da Medalha da Defesa Civil Nacional pelos serviços prestados na época da tragédia. Ele foi alvo de condução coercitiva na manhã desta quinta-feira (9).

A homenagem foi feita há três anos na solenidade de abertura da II Conferência Nacional de Proteção e Defesa Civil, entregue pelo Ministério da Integração Nacional. Carlos D' Albuquerque era o então Secretário Executivo de Defesa Civil, órgão também premiado no evento.

Os trabalhos feitos na Operação Reconstrução em municípios da Mata Sul e do Agreste do Estado geraram a premiação.

Torrentes

A Secretaria da Casa Militar é o principal alvo da Polícia Federal que começou as investigações em 2016. De acordo com a apuração da Polícia Federal (PF) na operação Torrentes, até R$ 450 milhões, que foram depositados pela União, na "Operação Reconstrução" podem ter sido desviados. Há suspeita, ainda, de que o dinheiro liberado para vítimas de enchentes das chuvas de maio deste ano, na "Operação Prontidão", também foram desviados.

Em coletiva da Polícia Federal na manhã desta quinta, o chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Renato Madsen, informou que diversos tipos de contratos foram superfaturados, até mesmo contratos para a compra de colchões, alimentos, filtros de água e cobertores.

"Houve um conluio entre as empresas para favorecer e direcionar esses contratos para uma delas e a partir daí, com esse valor superfaturado, eles conseguem ter uma lucratividade maior e o erário fica prejudicado", afirmou.

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