eleições 2018

Ato da oposição acirra disputa interna entre Fernando Bezerra e Armando Monteiro

Grupo terá novo encontro em Caruaru, no início de março

Da editoria de Política
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Publicado em 27/01/2018 às 15:33
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Grupo terá novo encontro em Caruaru, no início de março - FOTO: Foto: Divulgação
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Com informações do Blog de Jamildo

Além das esperadas críticas ao governador Paulo Câmara (PSB), o evento da oposição, em Petrolina, foi marcado por uma "dipsuta de território" entre os senadores Fernando Bezerra Coelho (MBD) e Armando Monteiro Neto (PTB). Exatamente cinco meses depois de Fernando Bezerra Coelho, então no PSB, lançar, em ato de entrega de residenciais, a frente de oposição, o grupo deve voltar ao município no Agreste pernambucano no dia 3 de março. A data do novo encontro, o terceiro oficial, foi anunciada pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, organizador do que acontece neste sábado (27), no Sertão. A primeira reunião foi em dezembro, no Recife.

“Meu nome está à disposição do grupo. O senador Fernando Bezerra disse que foi o candidato mais animado, mas quero depois chamar ele para a gente dançar um frevo e vocês vão dizer quem foi que ficou mais animado”, brincou Armando. O senador disse, porém, que vai “colocar os interesses do conjunto acima das ambições pessoais, por mais legítimas que elas possam ser”. “Me submeterei a essa decisão”, afirmou em discurso.

O petebista ainda criticou o governo de Paulo Câmara, acusando a gestão de ter feito “promessas mentirosas” na campanha de 2014. “Dobrar salário de professor, entregar não sei quantos hospitais… o debate foi falseado, não foi um debate honesto naquela hora”, disse.

Em seu discurso, Fernando Bezerra Coelho (MDB) voltou a se colocar como pré-candidato a governador. Para o emedebista, haverá dois palanques além do dele: o do PT e o do PSB. Apesar de ter sido aliado dos dois governos, sendo ministro de Dilma Rousseff e secretário de Eduardo Campos, afirmou que o primeiro quebrou o Brasil e o segundo, Pernambuco. “Uma delas (das frentes) vai ter que explicar muito por que mergulhou o Brasil na maior recessão econômica da história”, afirmou. “Outra frente que está no poder vai ter que se justificar por que não honrou com compromissos.”

Fernando Bezerra Coelho afirmou que a chapa da oposição deve ser definida no início de abril. Sem citar o nome do presidente Michel Temer (MDB), disse que a frente vai representar o governo da “menor taxa de juros, que devolve crescimento econômico”.

No evento de Caruaru, a anfitriã será Raquel Lyra, outra ex-socialista que migrou com o pai, o ex-governador João Lyra, para o PSDB depois de o PSB minar sua candidatura a prefeita. A tucana venceu a eleição, derrotando o candidato apoiado por Paulo Câmara, o deputado estadual Tony Gel (MDB).

CRÍTICAS

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), foi um dos que criticaram o governador Paulo Câmara. O democrata avaliou que o socialista não tem liderança. “Pernambuco está no rumo errado, sem líder político, sem alguém que possa nos conduzir em direção ao futuro”, afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, aderiu ao discurso do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) ao criticar o governador Paulo Câmara. Ele afirmou que a crise econômica não foi empecilho para que Bahia e Ceará investissem mais que Pernambuco. “O que o governo do Estado é bom é de desculpa para poder arrumar pretexto e não fazer aquilo com que se comprometeu”, acusou o ministro.

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB) manteve a disputa pela paternidade das obras anunciadas pelo governador Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco. Ex-ministro das Cidades de Michel Temer (MDB), ele alega que o socialista não deixa público que recursos são federais ao fazer a divulgação, por ser contrário ao emedebista. “Eles, que criticam e querem distância de Brasília na televisão, vivem lá feito um gatinho, miando e pedindo dinheiro, mas quando o dinheiro chega escondem a verdade dos pernambucanos”, afirmou o parlamentar no segundo encontro da oposição, em Petrolina, neste sábado (27).

Bruno Araújo ainda insinuou que há uma retaliação do governo Paulo Câmara contra prefeitos da oposição. “Nunca tivemos um prefeito sentado na nossa frente para perguntar de que partido ele é”, disse.

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