RELIGIÃO

Católicos e maçons também participam do debate político

Instituições não apoiam candidatos específicos, mas procuram aqueles com perfis alinhados aos seus valores

Vinícius Sales
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Vinícius Sales
Publicado em 22/04/2018 às 13:37
Foto: Felipe Ribeiro / JC Imagem
Instituições não apoiam candidatos específicos, mas procuram aqueles com perfis alinhados aos seus valores - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro / JC Imagem
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As indefinições sobre o atual cenário eleitoral geram expectativas também sobre instituições tradicionais, como a Igreja Católica e Maçonaria. Importante em vários momentos históricos do País, seus membros não abrem mão da atuação no debate político.

Arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido afirma que não um apoia um candidato específico, mas procura um perfil alinhado com os valores católicos. “A Igreja recomenda que seus leigos participem desse projeto, mas ninguém é explícito a declarar um voto. Essa coisa de direita e esquerda não funciona. O que é importante é um projeto que beneficia os pobres e as pessoas carentes.”

A Maçonaria é discreta, mas concentra grande número de personalidades do campo econômico e político, como o governador de São Paulo, Márcio França (PSB), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e o atual presidente da República, Michel Temer (MDB).

Ao JC, o Grão Mestre do Grande Oriente Brasil em Pernambuco, Daury Ximenes, afirmou que no grupo há diversas correntes de pensamento. Mas ressalta que o apoio deve se dar para candidato compatíveis com os valores da instituição. “Temos pessoas que participam do movimento político, mas não temos um candidato determinado a presidente. Até porque a liberdade é um dos pilares da Maçonaria.”

POLÍTICA INTERNA

Assim como diversos diretórios partidários nos Estados estão sofrendo com intervenções nacionais, na Maçonaria, o caso se repete. No dia 22 de março o Grande Oriente Brasil (GOB) decretou intervenção no GOB em Pernambuco.

Estados como o Ceará e Minas Gerais também passam pela mesma situação. Uma fonte ligada à instituição acusa o grupo de Brasília de diversas irregularidades, como expulsão de membros e interferência na eleição da direção nacional.

“O grupo que está no poder em Brasília há quase 20 anos está desesperado diante do risco de perder a eleição. Seu Soberano, Marcos José da Costa, que ocupa um cargo comparável ao de um presidente de instituição, vem adotando ações dignas do baixo clero do Congresso Nacional”, acusou.

Em resposta, o presidente do GOB, Marcos José da Silva, afirmou que irá aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal Maçônico para se pronunciar sobre o assunto.

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