Durante o debate da Rádio Jornal desta quinta-feira (3), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), ao se posicionar sobre as perspectivas da relação entre Pernambuco e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), queixou-se da atuação dos ministros pernambucanos que atuaram durante o governo Michel Temer (MDB).
"Alguns ministros se perderam na corrida eleitoral, acho que alguns usaram aquela oportunidade para ganhar as eleições de 2018", disparou o prefeito.
Na gestão de Temer, quatro nomes do Estado de Pernambuco comandaram pastas do alto escalão do governo federal. Foram eles Mendonça Filho (DEM), de Educação; Fernando Filho, em Minas e Energia; Bruno Araújo, de Cidades; e Raul Jungman, na Defesa e posteriormente no Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Os três primeiros fazia parte do bloco de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) nas eleições de outubro, sendo Bruno e Mendonça candidatos ao Senado Federal na chapa encabeçada pelo senador Armando Monteiro (PTB).
"O povo não é besta, o poso é sabido, sabe ler as coisas, o povo viu claramente o resultado das eleições de Pernambuco que os ministros que estava lá, na sua maioria, em vez de estar cuidando do estado, estavam tentando atrapalhar o governo de Paulo Câmara e no lugar de ajudar o governo de Paulo Câmara tentaram prejudicar", completou Geraldo.
Na visão do prefeito, o novo governo de Bolsonaro não demonstra, até então, que irá fazer "esse tipo de jogo" em prol de interesses politico-partidários. "Infelizmente o governo que acabou do presidente Michel Temer fizeram isso", contou.
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Nordeste
Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (03), o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), lamentou a ausência de nordestinos na composição do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ainda segundo o socialista, é necessário esperar um tempo para ir visitar o novo comandante do País em Brasília.
"Claro que gostaríamos de ver nordestinos no novo governo, o Brasil tem cinco regiões, mas o sul e sudeste são diferentes, a sua economia, o clima são bem diferentes. O Nordeste exige sim uma politica de desenvolvimento que eu acho que as questões serão tratadas com muito dignidade", disse.
Quando questionado quando iria realizar uma visita à Brasília, Geraldo afirmou que ainda não é tempo para fazer o encontro, onde os ministros definidos pelo capitão reformado ainda precisam escolher quem fará parte das respectivas pastas.