Em passagem por Pernambuco, o vice-presidente da Câmara Federal e postulante à presidência da casa, deputado Fábio Ramalho (MDB), afirmou que, caso estivesse cumprindo mandato como presidente da Câmara, “ já teria ido nos 28 Estados” do Brasil para fazer campanha. “Isso é um dever de quem é presidente. Visitar os 28 Estados, fazer com que as bancadas de cada estado possa participar dos problemas e das soluções de cada Estado”, disse Ramalho ao falar sobre seu projeto de "parlamento itinerante".
A gafe do emedebista - que errou a quantidade de Estados que tem o Brasil - se deu quando respondia a perguntas de jornalistas sobre buscar um diálogo com o PT para fortalecer seu projeto de candidatura. Na manhã desta segunda-feira (21), Ramalho esteve reunido com o governador Paulo Câmara (PSB) e deputados no Palácio do Campo das Princesas.
Força
Durante a visita, Fábio se comprometeu a atuar junto da bancada Pernambucana para atender as demandas da região e também não poupou críticas a postura de Rodrigo Maia (DEM) no comando da casa. Na avaliação do deputado, as negociações entre os poderes para aprovar projetos, precisam ser feitas de outra maneira.
“Hoje nós temos um parlamento pequeno, um parlamento que todo mundo bate nele. Nós temos que ter o parlamento que seja, sobretudo, a única porta de entrada que o povo brasileiro tem em Brasília aberta é o parlamento. Este parlamento tem que ser forte, tem que ser corajoso e, sobretudo, ele não pode ser axingalhado como é hoje. Ele não pode ter interferência de nenhum poder. Tem que ser um parlamento independente e um parlamento que possa dar para a população brasileira aquilo que a população brasileira precisa. A gente quer um parlamento hoje que a primeira pauta nossa vai ser retomada dos empregos, retomada do crescimento, para que a gente possa tirar do desemprego 13 milhões de pessoas que hoje estão desempregados”, avaliou o deputado Fábio Ramalho.
Troca
Candidato a presidência da Câmara pelo MDB, partido que também tem o candidato gaúcho Alceu Moreira como postulante, Ramalho disse que não tem intenção de abrir mão da disputa pela presidência para barganhar espaço na mesa diretora. “O que eu quisesse eles me dariam. Mas o que eu quero realmente é ser um candidato da instituição para mudar a instituição”, afirmou.
