atualizada às 19h50
Manifestantes contrários a reforma da Previdência, convocados pelas centrais sindicais para a paralisação desta sexta-feira (14), se concentram no cruzamento entre a Avenida Guararapes com a Rua do Sol, no bairro de Santo Antônio, região central do Recife. Eles seguiram pela Avenida Conde da Boa Vista e terminaram o ato na Praça do Derby por volta das 19h. Segundo os organizadores, 50 mil pessoas participaram da manifestação. A polícia não divulgou números.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Pernambuco, mesmo com a retirada de pontos polêmicos apresentados pelo relator da proposta, o deputado federal (PSDB-SP), ainda há muitas questões a serem debatidas. “Ela não mexe na possibilidade de a gente ter que contribuir 40 anos e isso é praticamente impossível de acontecer. No Chile isso foi feito e apenas 1,5% da população conseguiu ficar 40 anos contribuindo. Isso quer dizer que muita gente não vai ter condições de se aposentar”, declarou.
Sobre a questão dos protestos, programados para ocorrer em todo o País, o presidente da CUT reforça que eles já estavam marcados há 45 dias. Apesar do foco inicial ter sido a reforma da Previdência, outros temas que foram sendo abraçados ao longo das medidas tomadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) como o contingenciamento dos recursos para as universidades federais. “A questão central é reforma da Previdência, mas tem tanta coisa maléfica acontecendo no País que essas questões entram também de forma quase secundária, mas a questão central é reforma da Previdência. Há mais de 45 dias a gente deliberou fazer essa greve e vem preparando essa greve. A própria greve da educação inicialmente o foco era a reforma da Previdência, mas, com tanta asneira que foi feita, tomou uma dimensão própria”.
O vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL), presente no ato, disse não ser tão comum a união de todas as centrais sindicais em torno de uma só pauta, neste caso, o posicionamento contra a Reforma da Previdência. "É um ato importante primeiro por ser um ato unificado. Não é tão comum você ter todas as centrais sindicais reunidas com um só objetivo. Isso reforça a importância do movimento sindical e mais do que nunca o Brasil todo está dizendo que é contra a reforma da Previdência. É muita mensagem truncada, maldada e é mais uma oportunidade que se tem para que a gente possa explicar direitinho para a população o que está acontecendo", afirmou.
Para o vereador do Recife e presidente da Força Sindical de Pernambuco Rinaldo Junior (PRB) o principal objetivo do ato desta sexta-feira (14) é informar os trabalhadores que não tem o conhecimento aprofundado do conteúdo da reforma. "E o que está aqui se ecoe e vá para as periferias. O que me parece é que o trabalhador não sabe o que está prestes a perder, 40 anos de contribuição é injusto, ninguém consegue hoje em dia no Brasil. Espero que hoje seja um ato que continue e que o governo recue", afirmou o parlamentar.
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