MUDANÇA

Uma escola que se transformou num ambiente saudável

A promotora de saúde Maria Gorethy liderou um grupo que tornou o ambiente mais sadio

Ângela Fernanda Belfort
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Ângela Fernanda Belfort
Publicado em 11/08/2019 às 7:01
Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem
A promotora de saúde Maria Gorethy liderou um grupo que tornou o ambiente mais sadio - FOTO: Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem
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Depois de fazer uma capacitação realizada pela Rede Pernambucana de Municípios Saudáveis (RPMS), a hoje promotora de municípios saudáveis Maria Gorethy Amorim decidiu – junto com o grupo que liderava – não desistir de um projeto de educação ambiental e alimentação saudável em Limoeiro, que já tinha sido iniciado, mas “faltava algo”. A primeira horta e iniciativas implantadas lá foram destruídas pelos animais e vândalos. “A comunidade não estava preparada e não acreditava que poderia ser diferente. Com o método bambu adotada pela rede, envolvemos as famílias dos alunos e a comunidade no projeto de tornar a escola saudável”, conta.

Segundo ela, esse foi o pulo do gato. Há mais de dez anos ela se dedica ao projeto. Foram plantadas mais de 30 árvores para dar sombra na área da escola, implantada uma horta, uma sementeira, um parquinho com brinquedos e pneus coloridos. Também foram plantadas frutíferas. “Tivemos a ideia de fazer o muro de garrafa PET, já que muitos pais dos alunos trabalham no lixão. Vamos fazer uma feira do troca”, explica. E as garrafas PET foram trocadas por brinquedos e roupas doados. O muro do estabelecimento e o telhado que protege a horta são feitos do material.

Os brinquedos foram bancados por pessoas que doaram recursos, incluindo uma alemã, Xenia Behrends, que morou um tempo em Limoeiro e fez pequenas doações. Nas últimas férias de julho, um grupo de mães pintou todos os brinquedos e pneus do parquinho.

A escola tem 180 alunos e cerca de 80 têm pais que trabalham no lixão. “Aqui, aprendi muitas lições de vida, que não precisa de tantos recursos para fazer as coisas, mas de grandes corações”, diz. A proposta dela agora é arborizar uma rua próxima à comunidade com a plantação de ipês. “As sementes são produzidas aqui, porque não há condições de comprá-las”,diz.

FUTURO

]A estudante de pedagogia e estagiária da escola, Ana Alice de Santana Cruz, estudou três no local e foi uma das primeiras alunas a plantar uma árvore lá há dez anos. “Os alunos de hoje são privilegiados porque têm uma escola diferente. Sei o quanto é importante o colorido, a conscientização, o cuidado de regar as plantas. Eles vão levar isso pro resto da vida. Sou a prova vida de que a educação transforma, porque hoje curso uma faculdade. E pretendo voltar depois de formada pra continuar a missão de Gorethy”, revela.

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