Com o afastamento do prefeito de Itapissuma nesta sexta-feira (20), durante operação da Polícia Civil de Pernambuco, chega a quatro o número de gestores municipais obrigados a deixar os cargos na Região Metropolitana do Recife desde 2017, quando os atuais prefeitos tomaram posse. Além de José Bezerra Tenório Filho, conhecido como Zé de Irmã Teca (PSD), precisaram sair da cadeira de prefeito por suspeitas de irregularidades os administradores de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), e de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira (PTB).
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No caso de Itapissuma, a polícia investiga o envolvimento do prefeito nos crimes de organização criminosa responsável por falsidade ideológica, peculato, frustração de direito assegurado por Lei Trabalhista, dispensa e inexigibilidade de licitação fora das hipóteses legais, organização criminosa em concurso de agentes e em continuidade delitiva, além de crime de responsabilidade. Além do chefe do Executivo, também foram afastados na operação a vice-prefeita da cidade, Elionilda José de Santana (PP), o presidente da Câmara de Vereadores, Jefferson Telles Alves Carneiro de Albuquerque (PSDB) - o GG de Zé Antônio -, o primeiro secretário da Câmara, Nivaldo Vicente da Silva (PMN), e o vereador Tonho de Dedé (PSB).
OS CASOS
Camaragibe: Demóstenes Meira foi preso pela Polícia Civil em junho de 2019, através da operação Harpalo II. As investigações miravam as práticas de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. Em novembro, a Câmara de Vereadores da cidade aprovou a cassação do mandato do gestor, que permanece preso.
Cabo de Santo Agostinho: Em outubro de 2018, o prefeito Lula Cabral foi preso sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraudes no instituto de Previdência municipal que seria responsável pelo desvio de cerca de R$ 90 milhões. Em janeiro de 2019, Cabral foi solto e, no último mês de outubro, reassumiu a prefeitura usando uma tornozeleira eletrônica.
São Lourenço da Mata: O afastamento do prefeito Bruno Pereira ocorreu durante a Operação Tupinambá, da Polícia Civil, que investigava um grupo suspeito do desvio de bens e recursos públicos na cidade. O caso aconteceu em setembro de 2017, mas
aproximadamente quatro meses depois, o gestor foi reconduzido ao cargo. A decisão pela suspensão do afastamento foi do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).