Educação

João Paulo critica 'uberização da educação' sobre aplicativo que contrata professores

O deputado João Paulo alega que aplicativo precariza o trabalho dos professores

Gabriela Carvalho
Cadastrado por
Gabriela Carvalho
Publicado em 07/02/2020 às 8:36
Roberto Soares/Alepe
O deputado João Paulo alega que aplicativo precariza o trabalho dos professores - FOTO: Roberto Soares/Alepe
Leitura:

O deputado João Paulo (PCdoB) criticou, na Reunião Plenária desta quinta-feira (6), o Sistema Prof-e, que cadastra professores para serem substitutos nas redes pública e privada de ensino.

Em discurso, o deputado alegou que a plataforma seria a “uberização da educação”. Ele comparou o aplicativo ao de uma empresa responsável por serviço de transporte privado.

Para o comunista, o aplicativo Prof-e precariza o trabalho dos professores e pode comprometer a qualidade do ensino, já que não existe exames para seleção dos professores e ao cadastrado é permitido oferecer aulas de disciplinas fora
da sua área de formação. “Qualquer unidade escolar, inclusive do Ensino Superior, pode solicitar uma aula pela plataforma da Web, da mesma forma que pede um carro da Uber”, explicou.

João Paulo ressaltou, ainda, que o docente não sofreria apenas com remuneração instável e falta de garantia no emprego, como também por sentir-se excluído da comunidade da categoria.

Parlamentar pede mobilização

O deputado pediu a mobilização da categoria para impedir o que ele chama de "escravidão digital". “Será necessária a mais ampla mobilização dos professores e o apoio da sociedade para impedir que a educação se transforme em mais uma modalidade de escravidão digital”.

O parlamentar defendeu que uma educação de qualidade só é possível com a valorização
dos professores e demais profissionais do setor. “Só conseguiremos manter o padrão alcançado por alguns Estados, como Pernambuco e Maranhão, por meio de concurso público, contratação digna para docentes temporários e planos de carreira”, afirmou.

Últimas notícias