Com o lema “Nada para nós sem nós”, Terezinha Nunes lançou, na última sexta-feira (7), com a presença do presidente estadual do MDB, Raul Henry, na sede do MDB/PE, no Recife Antigo, a pré-candidatura de uma chapa coletiva para disputar a vereança do Recife. A chapa é composta por quatro mulheres e tem como pauta principal e luta pela inclusão de pessoas com deficiência visa implementar na Câmara do Recife uma frente parlamentar de defesa das pessoas com deficiência. Na ocasião, o partido também lançou o Núcleo de Defesa das Pessoas com Deficiência
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As quatro mulheres que integram o coletivo lutam pela causa, e uma delas cadeirante e membro do Conselho Municipal Recife das Pessoas com Deficiência (COMUD), Cibele Albuquerque. Além dela e de Terezinha Nunes, que é militante da causa, Germana Soares, da ONG UMA de defesa das crianças com microcefalia, Carol Aleixo, do grupo Supermães que congrega famílias de crianças e jovens autistas compõem a chapa do mandato coletivo.
Em entrevista ao JC, a ex-deputada Terezinha Nunes ressaltou que a classe política está desgastada e a sociedade não aposta mais em projetos individuais. "A não ser as pessoas que tem voto de cabresto ou base eleitoral fixa. Esses ainda tem condição de voto. Quem trabalha com voto de opinião, vai ser mais difícil. Acho importante o mandato coletivo porque a população tem que estar dentro das casas legislativas. Quando se faz um coletivo e tem uma causa a ser defendida, a sensibilidade é maior e as pessoas se sentem participantes", ela frisou que depois que a chapa se tornou pública, várias pessoas ligaram dizendo que iam se engajar na campanha.
Coletivo terá cadeirante
Nunes afirmou, ainda, que com uma cadeirante no mandato vai fazer com que a Câmara do Recife "se adeque à essa situação". "Ainda há uma resistência muito grande, nenhuma casa legislativa das antigas, a não ser a Alepe, tem banheiro acessível apra deficiente. Eles não têm sequer condições de chegar nas casas. Lá dentro, vamos obrigar a Câmara do Recife a se adequar à essa situação. Às vezes você não se sensibiliza quando se trata de pessoas de fora, mas quem está participando do mandato, tem que ser respeitado e ter acesso", assegurou.