Polícia Civil

Com ameaça de greve no Carnaval, governo de Pernambuco receberá policiais

Policiais Civis de Pernambuco reivindicam reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e melhoria nas condições de trabalho

Luisa Farias e Mirella Araújo
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Luisa Farias e Mirella Araújo
Publicado em 17/02/2020 às 20:48
Foto: Arquivo JC Imagem
Policiais Civis de Pernambuco reivindicam reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e melhoria nas condições de trabalho - FOTO: Foto: Arquivo JC Imagem
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Em meio a possibilidade de paralisação dos policiais civis de Pernambuco durante o Carnaval, a categoria terá audiência no Palácio do Campo das Princesas, na manhã desta terça-feira (18), com representantes das Secretarias da Casa Civil e de Administração. Na pauta dos policiais estão salário inicial de R$ 6 mil, reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCCV) para todos os policiais, unificação dos cargos de agente e escrivão e, ainda, melhoria nas condições de trabalho.  

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A partir das 10h desta terça, cerca de 1.500 policiais civis vão se concentrar na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), em Santo Amaro, área central do Recife, de onde sairão em passeata com destino ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, que fica na Praça da República, bairro de Santo Antônio, também na área central da capital.

Os policiais civis não devem encontrar o governador Paulo Câmara (PSB), já que, às 11h também desta terça-feira, está prevista a participação do socialista na 1ª Assembleia Extraordinária da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) na sede da associação. 

Veja as principais reivindicações da Polícia Civil de Pernambuco:

- Novo enquadramento, amplo, geral e irrestrito, para todos os Policiais Civis, inclusive os em estágio probatório;
- Salário inicial de R$ 6.000,00
- Unificação dos cargos de Agente e Escrivão
- Alteração da nomenclatura de Auxiliares de Perito e Legista

"Para se ter uma ideia, estamos fazendo 'cotinha' para poder comprar água, porque ela não é fornecida. Assim como material de limpeza não é fornecido pelo governo do Estado, tem muitos coletes vencidos, que não são trocados, ou seja, as delegacias estão em péssimas condições de trabalho", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cysneiros. 

A partir da reunião, será definido se os policiais vão ou não entrar em greve no período do Carnaval. A categoria diz esperar uma sinalização por parte do governo de Pernambuco para abrir a mesa de negociações. Caso realmente ocorra a paralisação, ela terá início a partir das 0h do sábado (22). "Se não houver sinalização de diálogo e negociação, nós vamos parar e a culpa será do governo", disse Áureo Cysneiros. 

Segundo o Sinpol, vários ofícios foram destinados à Secretaria de Defesa Social pelo Sinpol, em 2019, com o propósito de abrir um canal de negociação, mas sem um retorno efetivo. "O governo tem respondido que vai melhorar, e nada acontece. Desde o ano passado estamos vindo com essas reivindicações", disse Áureo. 

Deputados

Os deputados estaduais Delegado Erick Lessa (PP) e Joel da Harpa (PP) estiveram nesta segunda-feira (17) no Palácio do Campo das Princesas para atuar como interlocutores da categoria junto ao governo de Pernambuco.

"O que se espera amanhã (terça-feira) é que o governo receba essa pauta e marque uma data na Secretaria de Administração ou na Secretaria de Defesa Social para chegar a um denominador comum", disse Joel da Harpa. Ele participou da 2ª Assembleia da Campanha Salarial dos policiais civis na última quinta-feira (13).

Desde o dia 28 de janeiro a Polícia Civil deflagrou uma operação-padrão.

Já Erick Lessa pediu cautela em relação à possibilidade de greve e disse que o momento "não é de tomar medidas extremadas". "Nós apoiamos essa causa, o momento é de ter equilíbrio e cuidado. Estamos esperando uma leva importante de turistas para o Carnaval, e eles vão gerar renda e coisas boas para o Estado", disse

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