POLÍCIA CIVIL

Sinpol critica ausência de 'deputados policiais' em protesto no Recife

Policiais civis se reuniram com representante do Governo Paulo Câmara para tratar de uma possível greve no Carnaval 2020

Cássio Oliveira
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Cássio Oliveira
Publicado em 18/02/2020 às 17:19
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, cobrou o apoio de deputados estaduais que são ligados a pauta da segurança pública no protesto feito pela categoria, nesta terça-feira (18), em defesa de valorização e recomposição salarial. 

"Cadê Gleide Ângelo aqui, que disse que ia apoiar o movimento de valorização dos policiais? Cade Antônio Moraes, fazendo a intermediação? Cadê Álvaro Porto? Estamos sentindo falta desse povo, a população pernambucana sente falta desse povo", afirmou o presidente do sindicato.

>> Ameaçando parar no Carnaval 2020, Policiais Civis de Pernambuco saem em passeata no Recife

Veja também: Delegada Gleide Ângelo cobra do aliado Paulo Câmara nomeação de mais policiais militares

Os policiais civis descartaram realizar greve da categoria no período do Carnaval 2020. A deliberação aconteceu nesta terça-feira (18), após reunião com o representantes do governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife. Pela manhã, a categoria saiu em passeata pelas ruas do Centro do Recife.

Áureo, no entanto, agradeceu ao deputados Delegado Erick Lessa (PP) que atuou como interlocutor da categoria junto ao governo de Pernambuco. "O engraçado é que temos policiais civis deputados. O agente de polícia que e presidente da Assembleia Legislativa, o Eriberto Medeiros, e nenhum falou por nós. Vi no Jornal do Commercio ainda uma palavra do Erick Lessa, que é delegado em Caruaru tentando uma intermediação, então agradecemos a ele", pontuou.

Na caminhada desta terça-feira o deputado estadual Joel da Harpa (PP) prestou apoio aos policiais civis e em determinado momento foi aplaudido por ser o único parlamentar presente no ato. Ele, inclusive, participou da reunião no Palácio, que foi conduzida pelo secretário-executivo da Casa Civil, Eduardo Figueiredo, junto com os dirigentes do sindicato.

Questionado sobre a ausência de colegas de Alepe, Joel disse que cada um fala por si. "Cada deputado responde por si, tenho esse trabalho voltado para os profissionais de segurança pública. Compreendo que cada um tem seu papel, as vezes algum está na base do governo, cada um tem sua agenda, mas eu jamais deixaria de atender o convite do Sinpol", disse o deputado.

PAULO CÂMARA

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foi questionado, nesta terça-feira (18), após assembleia na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), sobre o ato dos policiais civis e disse que querem "jogar fatos na véspera do Carnaval de uma forma inadequada". Segundo Paulo, o governo estadual está à disposição de dialogar, mas é preciso saber que há restrições.

"O Estado está acima do limite de responsabilidade fiscal, isso é um fato que não tem como mudar. Agora, sentar e ver formas de melhorar a qualidade do trabalho, isso a gente está fazendo desde sempre e vamos continuar fazendo e vamos ter, na verdade, um grande Carnaval. Está tudo pronto, essas ações também muitas vezes com conotação política, está tudo pronto para o Carnaval, o esquema está todo pronto, a população vai ter um grande Carnaval, na paz, como é todo ano", afirmou o governador.

Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
Os policiais civis de Pernambuco fazem uma passeata na manhã desta terça-feira (18). - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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Os policiais se concentraram na sede do Sinpol, em Santo Amaro. - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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O grupo saiu em passeata em direção ao Palácio do Campo das Princesas. - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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A categoria reivindica reajuste salarial, reestruturação do plano de cargos e carreiras e mais. - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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Se o governo do Estado não negociar, os policiais ameaçam fazer uma paralisação durante o Carnaval. - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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No Palácio, os policiais vão negociar com representantes do governador Paulo Câmara. - Foto: Filipe Jordão/JC Imagem

Áureo, que é do PSOL, disse que ver conotação política em atos do sindicato é uma forma de querer enfraquecer o movimento. "Aqui não é partido político, aqui é sindicato, tenho crédito com os policiais da categoria, é discurso do governo, de quem quer desacreditar o movimento do sindicato. O governo tem partido e a gente não questiona, a oposição tem partido e não questionamos", afirmou o presidente do sindicato, que pode ser candidato a vereador do Recife.

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