Moda

Pernambucanos no segundo dia do Dragão

Melk Z-Da e Sá Maria mostraram suas peças conceito, criadas para o inverno. O tempo fechou mesmo nos mantôs de pele do estrelado Iury Costa

Carol Botelho
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Carol Botelho
Publicado em 14/04/2011 às 17:57
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“Porque ele está bombando”. As aspas de um anônimo e espevitado esdpectador do desfile de Iury Costa explicavam o motivo da sala lotadíssima, o que não ocorreu em outros desfiles até agora, no Dragão Fashion.
No segundo dia do evento, Iury fez um desfile dark, bem invernal, com modelos com olheiras e lábios pálidos, muito casaco com couro e pele, com camisas-vestido bem maiores do que estamos acostumadas a ver. Ponto para as jaquetas recortadas e mantôs curtos de manga embutida, com corte de alfaiataria, e com as tais camisas-vestido por dentro, abotoadas até o colarinho. Bem executadas, mas com aquela sensação de muito barulho por nada.
Sem falar que não rolou muito conceito, que é a proposta do evento. Aliás, até Melk Z-Da, para lá de conceitual, deu uma requentada na coleção apresentada no Fashion Rio e a trouxe mais palatável. Mesmo assim não dá para chamar suas texturas com direito a tecido de cabelo e espumas de comerciais. “Limpei as sobreposições e expus o que estava por baixo”, disse Melk.
Outra pernambucana, a Sá Maria, se inspirou na pré-história, no nomadismo, no homeless, e fez mantôs e peças com tear, tiras de tecido em tafetá. Bons os mantôs de gola alta em tafetá costurado e puído com lixa.
Por falar em tiras, foram muitas para criar a moda praia de Lázaro de Souza. O mix do tom cru com tricô e detalhes trançados deram identidade ao regionalismo das cangaceiras de praia. Ótimas as pantalonas de licra com tornozelo justo e frente única toda de tiras. Viva a elas. Dão movimento, volume, textura e identidade.

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