SAÚDE II

Medicina de família e comunidade começa a evoluir no Brasil

País tem atualmente 32 mil equipes dessa especialidade, sendo que 40% delas se concentram no Nordeste

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 02/06/2012 às 11:37
Ronaldo Câmara / Editoria de Artes do JC
País tem atualmente 32 mil equipes dessa especialidade, sendo que 40% delas se concentram no Nordeste - FOTO: Ronaldo Câmara / Editoria de Artes do JC
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A medicina de família e comunidade, ainda em evolução no Brasil, é uma das especialidades que mais têm respaldo no cenário internacional. O ideal, por exemplo, para países com um sistema de saúde pública forte, é que os médicos de família e comunidade (MFC) sejam 50% de todos os especialistas em medicina.

O Brasil ainda está bastante aquém desse cenário, com atualmente 32 mil equipes - 40% delas se concentram na região Nordeste. Esse segmento, no entanto, tem feito esforços para melhorar essa situação. De 2004 a 2010, houve um crescimento de 200% nas vagas para especialização em  medicina de família e comunidade.

Além disso, alguns dados refletem a importância desses médicos: a cada 10% de expansão das equipes de MFC, há uma queda de 4,5% da mortalidade infantil. Ao todo, são 100 milhões de brasileiros assistidos por equipes de MFC. Dessa maneira, a especialidade deve ser tratada com respeito e se deve avaliar a atuação desses médicos que, muitas vezes, acabam agindo até sem recursos.

A partir desse cenário, mais de 400 autores em todo o Brasil se reuniram para fazer um compilado das experiências práticas nessa área e lançaram o livro Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática (2 volumes, Artmed Editora, 2.222 páginas, R$ 430). A publicação, diga-se de passagem, foi fonte de inspiração para matéria de capa da revista Arrecifes deste domingo (3/6). Não deixe de conferir.

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