Verão

Ratos de praia do século 21

Preocupados como nunca com o meio ambiente e apaixonados como sempre pelo sol e pelo mar, os recifenses adotam um novo código de conduta praieira

Manuella Antunes
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Manuella Antunes
Publicado em 01/12/2012 às 17:22
Flora Pimentel / JC Imagem
FOTO: Flora Pimentel / JC Imagem
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Quem mora no litoral sabe. Não há espaço mais democrático ou diversão mais plural do que praia. Mas assim como toda a área metropolitana, esses paraísos, especialmente os localizados próximos aos grandes centros urbanos, sofreram transformações ao longo dos anos. A preocupação com o sol, a consciência ecológica, o banho de mar só até a canela (e sempre de olho numa possível barbatana por perto). Todos elementos novos que, com o biquíni ou a sunga, vão às areias com os ratos de praia. Fazem parte do kit verão do banhista do século 21.

Que o diga o engenheiro civil aposentado Edelomar Barbosa, 70 anos. Nos seus 50 anos de “sol e sal”, como ele mesmo diz, pode perceber mudanças – sutis ou não – no seu comportamento, de sua família e dos ilustres desconhecidos que dividem as areias de Boa Viagem com ele.

Há pelo menos três décadas mora perto do mar. Primeiro no Pina. Hoje, em Boa Viagem. Mas não são só as areias da Região Metropolitana do Recife que são convidativas para Sr. Deo, como é mais conhecido. “Quando meus três filhos eram crianças, colocava todo mundo no carro e a gente saía pelas praias afora acampando. Já cheguei a passar 28 dias assim. Não tinha muito ritual. Era só curtir o calor e tomar cerveja.”

Ele, que já passou na pele muito óleo Johnson com urucum, até se rendeu ao filtro solar. “Pelo menos no começo do verão.” Um hábito – compartilhado com muitos – se manteve intacto desde os 20 anos de praia: a cerveja.

“Venho praticamente todo dia. Nem sempre é para ficar na areia, às vezes é só para caminhar no calçadão. Mas quando vou para a barraca do Portuga, levo só R$ 20 no bolso para a cervejinha. Tenho cuidado mesmo é com minha sandália, porque esse modelo não fabrica mais”, brinca.

E com toda a categoria de um rato de praia setentão e enxuto, Sr. Deo já viveu até uma experiência sociológica na areia da Zona Sul. “Trouxe R$ 100 para a praia e disse que compraria tudo o que os ambulantes me oferecessem até o dinheiro acabar. Foi caldinho, camarão, amendoim, queijo, cerveja...”

Leia matéria na íntegra na edição da Arrecifes deste domingo (03).

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Edelomar é rato de praia. Há 50 anos, curte a temporada na base do ?sol e sal? - Flora Pimentel / JC Imagem
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A pequena Letícia só vai à praia debaixode uma grossa camada de filtro solar - Flora Pimentel / JC Imagem
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Letícia adora curtir a praia com a mãe Ana - Flora Pimentel / JC Imagem
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Banhistas de São Lourenço se esbaldam nas areias escaldantes - Flora Pimentel / JC Imagem
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Futebol também é para se jogar na praia - Flora Pimentel / JC Imagem
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Thiago Galvão e Carolina Regueira aproveitam o ensejo ensolarado para suar praticando frescobol - Flora Pimentel / JC Imagem
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Amigos aproveitam as quadras de tênis durante folga da escola - Flora Pimentel / JC Imagem

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