Vida moderna

Grupos de dança urbana fazem da rua seu palco

Nascida em NY nos anos 70, a dança de rua conquista recifenses. Grupos como Animatroonicz e FunkyNáticos arrasam no hip hop e popping

Gabriela Viana
Cadastrado por
Gabriela Viana
Publicado em 28/12/2013 às 14:00
Igo Bione/ JC Imagem
Nascida em NY nos anos 70, a dança de rua conquista recifenses. Grupos como Animatroonicz e FunkyNáticos arrasam no hip hop e popping - FOTO: Igo Bione/ JC Imagem
Leitura:

Tudo começou com o hip hop, que surgiu nas áreas centrais de comunidades negras em Nova Iorque durante a década de 70. Lá havia muita violência, o que terminava atrapalhando as festas que aconteciam na periferia. “Para conseguir tocar e fazer com que todos pudessem aproveitar sua música, o DJ Afrika Bambaataa disse que, daquele momento em diante, quem quisesse brigar teria que lutar dançando, porque ele estava tocando”, conta o professor de danças urbanas da Atos Escola de Dança, Felipe Costa, 25 anos, mais conhecido como Dupopping.

Segundo ele, após esse marco a violência nas festas reduziu drasticamente nas comunidades nova-iorquinas. Em vez de partir para a briga, os rapazes direcionavam a ira para passos brutais como “atirar no concorrente” ou “cortar fora a cabeça” do outro.

Foi o começo da dança de rua, que hoje é praticada em vários países. Com o tempo, novos estilos como o popping, locking, break e o animation surgiram. No Estado, só nos últimos anos a cultura começou a florescer, mas já temos dois representantes de destaque: os Animatroonicz e os FunkyNáticos.

Este último grupo é formado por Dupopping, Hulli Cavalcanti, 21; Ayrton Hericles, 18, conhecido por Ton, e Anderson da Silva, 22, que escolheu como nome artístico Dimas. O FunkyNáticos faz referência direta às características do popping, que vem da cultura funky style dos EUA. A dança, que inicialmente sugere imitar o movimento de robôs, é na verdade marcada por contrações de músculos para impulsionar o movimento.

O grupo está sempre dançando em festas de música eletrônica e no Bairro do Recife em dias em que a ilha se torna Parque Urbano, no projeto Recife Antigo de Coração. E, como bons brasileiros que são, usam do conhecimento e criatividade para aprimorar a dança e fazê-la única. “Como eu e Dupopping já estudamos outras danças, fazemos um mix dos passos, transformando e inovando. Não seguimos regras, afinal, dança é sentimento e inspiração”, diz a bailarina de dança contemporânea e dança urbana, Hulli.

Leia matéria na íntegra na Arrecifes deste domingo (29) no Jornal  do Commercio.

Últimas notícias