Carnaval

Cores, brilho e pique não faltam a Léa Lucas

Ela tem 85 anos e é pura animação nos 365 dias do ano

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 17/02/2014 às 19:30
Foto: Igo Bione/JC Imagem
Ela tem 85 anos e é pura animação nos 365 dias do ano - FOTO: Foto: Igo Bione/JC Imagem
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A carioca Léa Lucas, 85 anos, é pura animação nos 365 dias do ano. Todo esse entusiasmo se intensifica bastante na temporada carnavalesca, quando ela se enche de cores e brilhos para festejar os dias de Momo. Quem chega para visitá-la em casa se depara com um mural de fotos dos desfiles, porta-retratos, quadros de homenagens e faixas de concursos que já venceu. Ela está há quatro anos sem subir aos palcos do Municipal e do Bal Masqué porque não encontra mais quem faça as vestimentas e máscaras como deseja.


“Tenho saudade do tempo em que Carlos Queiroz e Milton Araújo produziam as minhas fantasias. Eu não perdia uma competição”, relembra. Ela explica que servia de modelo para as criações da dupla de artistas e, por isso, não precisava se preocupar com o custo das peças. “O ritmo ficava acelerado um mês antes dos bailes, com a prova das peças.” Neste ano, ela até conseguiu uma pessoa para produzir a máscara do Bal Masqué. “Mas na semana passada, soube que o baile só tem agora a categoria de Luxo, e a minha máscara seria para Originalidade”, lamenta.

Dos concursos que já venceu, ela não se esquece do Bal Masqué de 1995, ano em que estreou na passarela e levou o primeiro lugar com a fantasia A espanhola na terra do frevo e do maracatu. “E no ano seguinte, brilhei de novo, com o segundo lugar no Municipal. E no Bal Masqué de 2003, a minha máscara Relíquia africana ficou com a segunda colocação.”

Embora Léa não tenha marcado presença como desfilante dos dois mais tradicionais concursos dos bailes de Carnaval do Recife neste ano, ela passeou pelos salões de ambas as festas. “E estou esperando ansiosamente o Clube dos Rapazes Inocentes (CRI), que sai na manhã da Sexta-Feira Gorda para dar as boas-vindas à folia. Sou a musa desse bloco”, conta Léa, que também bate ponto no Bloco das Ilusões.



A carnavalesca conta que, às vésperas dos dias de Momo, ela se transforma num poço de ansiedade. “Quero ir a todas as festas, pois meu pique é imenso. Só chego em casa às 4h da manhã”, diz Léa, que já recebeu o Título de Cidadã de Pernambuco pelas premiações que já recebeu como desfilante. “A sensação de brilhar no Carnaval é uma delícia. Eu sambo e frevo o tempo todo sem me cansar. Minha paixão pela folia é inexplicável ”, vibra.

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