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Villa sandino: nem parece self-service

Restaurante abre as portas no Espinheiro servindo dois grandes diferenciais em relação à concorrência do gênero: comida menos óbvia e atendimento atencioso

Bruno Albertim
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Bruno Albertim
Publicado em 23/11/2012 às 8:30
Ricardo Labastier/JC Imagem
Restaurante abre as portas no Espinheiro servindo dois grandes diferenciais em relação à concorrência do gênero: comida menos óbvia e atendimento atencioso - FOTO: Ricardo Labastier/JC Imagem
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Uma das virtudes desse bufê é não parecer o que de fato é. Imóvel espaçoso, coisa cada vez mais rara no Recife vertical, uma casa do Espinheiro reformada e decorada com objetos de design discreto, o Villa Sandino tem na ambientação um de seus trunfos. Serviço atencioso, mesas espaçadas e bem iluminadas, somos convidados a fazer a refeição em duas etapas, entrada e principal, mesmo estando num restaurante a quilo.

Aqui, não nos sentimos pressionados ao ritmo nem sempre prazeroso imposto pelos restaurantes que se dedicam ao público apressado no intervalo de expedientes. A comida, nesta casa, só se beneficia da maneira como o espaço é gerenciado. A começar pela própria distribuição do bufê. Antes de passar pelos recháuds, somos orientados a estagiar no corner de saladas. Uma das boas sacadas dos jovens empresários Filipe Almeida, Pedro Almeida e Rafael Correa, três amigos sub-30 que resolveram capitalizar a boa quilometragem acumulada em viagens&comida em negócio. A casa surge justamente da vontade de demarcar com elementos de cozinhas menos óbvias, como as do México, Peru, Caribe, Alemanha, Tailândia e Grécia, o velho self-service.

Voltando às saladas: os folhosos não ficam esparramados pelo prato. São, antes, dispostos numa cestinha crocante de massa filo (tradicional, parmesão e orégano, gergelim ou picante). Escolhemos saladas pré-prontas para preenchê-las. A norte-americana leva maçã, passas, ervilha, cenoura, frango grelhado e azeitona preta. A italiana, tomate seco e cereja, azeitona preta, queijo mussarela e pesto de manjericão. Ou a tex-mex: lâminas de abacate, grão-de-bico, tomate e camarão picante. Os mais frugais podem simplesmente eleger uma delas e, talvez, compor com as proteínas (peixes, carne e frango) da chapa. Ou (melhor ideia) fazer delas uma entrada para depois incorrer pelos pratos preparados sob a consultoria do chef Robson Lustosa.

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