Sobremesa

A difícil e deliciosa arte de ser chocolatier

Dois apaixonados pela iguaria feita à base de cacau, Anna Corinna e Thiago Freitas roubam a cena doce recifense

Flávia de Gusmão
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Flávia de Gusmão
Publicado em 08/03/2013 às 6:07
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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No dia do Banquete Vatel, uma árvore monumental cujas folhas eram feitas do mais delicado chocolate francês quase roubou a cena. O quase virou certeza quando, ao fim da festa, parecia que o inverno europeu havia chegado: restaram apenas ramos secos. Este trabalho diz muito da arte da chocolatier Anna Corinna Ribeiro: esmero, delicadeza, dedicação e paciência. Não é fácil trabalhar este material, dizem unanimemente todos aqueles que dele se acercam.

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Macorons é uma das delícias de chocolate da Freitas Chocolaterie - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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O chef Thiago Freitas busca inspiração em formatos geométricos para seus doces refinados - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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 "Lidar profissionalmente com chocolate tem que amar muito, pois dá muito trabalho", diz Thiago - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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Chocolate com amora é uma das invenções doces irrecusáveis da Freitas Chocolaterie - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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A Imperatriz leva chocolate branco, maracujá, coco, amêndoas e passas de caju, combinação deliciosa - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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A Freitas Chocolaterie fica na 5ª etapa do Shopping Recife - Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Felipe Ribeiro/JC Imagem
Anna Corinna correu mundo para aperfeiçoar a técnica de chocolatier - Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Anna diz que a verticalização das esculturas é a nova tendência - Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Apaixonada por chocolate desde criança, Anna Corinna não tem medo de ousar - Felipe Ribeiro/JC Imagem
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A chocolatier buscou inspiração na gastronomia oiriental para criar temakis feitos de chocolate - Felipe Ribeiro/JC Imagem
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A delicadeza de Anna Corinna é reproduzida nos seus trabalhos com doce negro - Felipe Ribeiro/JC Imagem

Temperamental, ele exige condições ideais para ser manuseado: “Chocolate precisa do tempo certo, temperatura certa e movimento certo para um trabalho perfeito. Como o Recife é uma cidade úmida e muito quente esse é o maior desafio, pois ele não se sai bem numa temperatura maior que 22 graus”, diz a chef, que confirma a regra segundo a qual, uma vez capturada por esta paixão, a pessoa passa a pensar o mundo em termos doces, nunca mais salgados.

THIAGO SE RENDEU AO DOCE
Thiago Freitas precisou “vencer” no mundo dos salgados antes de se lançar assumidamente no universo dos doces. Primeiro, ele abriu o restaurante Thaal, no Poço da Panela. Viu-o crescer e os clientes se multiplicarem. Lá dentro, ele dava vazão à sua paixão recolhida por doces, genericamente, e por chocolate, especificamente.

No ano passado, o Shopping Recife mostrou-se interessado em ter no seu mix de lojas a grife primeiramente lançada por ele, mas aí veio a contraproposta: “Por que não estrear sua nova marca, a Freitas Chocolaterie?”.
E assim surgiu, na 5ª etapa do centro de compras, o quiosque recheado com o que há de sedução quando falamos em doces e chocolates, sinalizado em sua logomarca pela árvore do cacau, sempre em crescimento, como lembra o proprietário.

As tortas são as vedetes do empreendimento. Elas trazem o DNA da família de seu criador, uma vez que sua mãe, Gorete Barros, é tida e havida como boleira de mão-cheia. São nove tipos de tortas que lidam com a matéria-prima de forma exemplar, agregando-lhe sabores sutis que ora provocam o paladar por contraposição, ora se completam em untuosidade.

Leias mais sobre a dupla de chocolatiers no Boa Mesa desta sexta na versão impressa do JC.

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