SÃO PAULO – Há inúmeros tipos de seguros: para carros, saúde, viagens, imóveis... Por que não uma opção que contemple os crimes cibernéticos? Em tempos de total imersão tecnológica, nada mais comum do que segurar o segmento de tecnologia da informação (TI) de uma empresa. Foi o que destacou a Allianz, em evento realizado na capital paulista, na semana passada.
E a tarefa está longe de ser simples, como comentou o consultor-sênior de riscos da Allianz, José Fidalgo. “As empresas estão profundamente dependentes do ambiente digital, seja através da venda de produtos no e-commerce ou mesmo no acesso de sites na internet. Por isso, é muito importante o controle dos dados de TI”, explicou.
Com a natural tendência de transição para a nuvem, as empresas devem ficar ainda mais atentas. “O ponto principal da discussão de TI concentra-se no que chamamos da modelagem de ameaça. Significa entender o ambiente de risco de forma a visualizar as ameaças para encontrar soluções eficientes para um determinado produto”, disse.
Para chegar a esse objetivo, é preciso conhecer as dependências e os processos de TI e infraestrutura para mapear os riscos dos clientes. “Realizamos uma análise sobre o nível de dependência, além de reuniões com o pessoal de TI”, explicou.
Durante o monitoramento, um dos pontos que é preciso ter mais cautela é sobre a privacidade. “Quando falamos sobre segurança, é preciso comentar sobre sistemas que monitoram os funcionários, um tipo de inteligência que não é permitida em todos os países”, ressaltou.
No Brasil, a Allianz já considera em suas apólices alguns tipos de crimes virtuais, como o seguro de lucro cessante, que tem como objetivo reduzir os prejuízos de empresas que sofreram ataques ou paralisação de atividades nos negócios motivados por ataques.