Falecido no último sábado, o ex-presidente Itamar Franco tem sua imagem atrelada à criação do Plano Real, que controlou a inflação e deu um novo rumo à economia nacional. Mas o político, um apaixonado por carros, também deixou uma marca importante no setor automotivo. Em 1993, propôs o retorno de um clássico alemão na tentativa de baratear o custo dos carros populares, tornando-os mais acessíveis ao grande público. Bancou a volta do Fusca às linhas de montagem. Para isso, decidiu liberá-lo de alguns impostos para reduzir seu preço final, que giraria em torno de R$ 8,5 mil. Em 23 de agosto daquele ano, saiu do forno o novo besouro da Volkswagen, que pelo esforço do presidente para que voltasse à cena, ficou conhecido popularmente como Fusca Itamar.
Para sobreviver aos novos tempos e à crítica especializada da época, que chegou a taxar o veículo de carroça, o Fusca precisou se reinventar. O carro foi equipado com sistema de freios hidráulicos de duplo circuito, barra estabilizadora dianteira e traseira, para-brisa laminado, pneus radiais sem câmara, cinto de segurança de três pontos e um novo revestimento interno. Segundo a Volkswagen, o Fusca Itamar era uma versão melhorada daquele que deixou de ser produzido em 1986. Era também mais silencioso e tinha um desempenho superior. Ia de 0 a 100 km/h em 14,5 segundos e atingia a velocidade máxima de 140 km/h.
Mesmo com todo o esforço feito pela montadora para mantê-lo no mercado, a concorrência das outras marcas acabou por determinar o fim da produção do Fusca.
» Leia a reportagem completa no Jornal do Commercio desta quinta (07)
Leia Também
