CUIDADO

Preste atenção para o frentista não abastecer com o combustível errado

Como a maioria dos veículos são flex, muitos motoristas relaxam e não observam mais para a bomba

Da editoria Veículos
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Publicado em 25/04/2015 às 11:10
Ronaldo Câmara/ JC Arte
Como a maioria dos veículos são flex, muitos motoristas relaxam e não observam mais para a bomba - FOTO: Ronaldo Câmara/ JC Arte
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Como a maioria dos carros novos sai da fábrica hoje com o motor flex (que funciona com gasolina e álcool), muitos motoristas deixaram um pouco a preocupação na hora de abastecer o carro. Quase não existe o cuidado de alertar o frentista qual o tipo de combustível que você vai querer. O problema é quando o veículo está preparado para rodar somente com um tipo de combustível e recebe outro diferente no tanque.

Em regra geral, essa troca involuntária causa problemas. De acordo com os especialistas em mecânica, qualquer carro abastecido com um combustível diferente do previsto pelo fabricante pode sofrer danos. “Cada motor é construído com componentes específicos para que possa queimar aquele tipo de combustível. Havendo a troca no abastecimento o desempenho será afetado”, disse Edelson Marinho, professor de mecânica automotiva do Senai-PE. Ele lembra que, se o motorista perceber o erro, o ideal é não ligar o motor, pois há riscos de danificar várias peças. Os componentes mais afetados são bomba de combustível e válvulas injetoras.

Se o motorista insistir em rodar com o combustível trocado vai perceber “falhas e engasgos”. Os danos vão depender do tipo de combustível e quantidade usada. Se um carro a álcool receber gasolina não se desespere. As chances de ter um dano a curto prazo é menor. Isso porque a gasolina queima com mais facilidade. No caso de um carro exclusivamente a gasolina (há muitos modelos importados) receber álcool os riscos de prejuízo são maiores. O motor a gasolina terá mais dificuldades para queimar o álcool e a bomba de combustível pode queimar. A recomendação nesse caso é retirar todo o combustível, caso o motorista tenha enchido o tanque. Se o abastecimento ocorreu parcialmente, utilizando menos da metade do tanque, é possível completá-lo com gasolina para diluir a mistura. 

De todos, o erro quase imperdoável é trocar o combustível no motor a diesel. Com a proliferação de vendas de picapes flex é cada vez mais comum o registro de motorista que para a caminhonete e o frentista usa diesel porque o modelo a óleo é mais comum entre as picapes. A saída para escapar do prejuízo é retirar tudo. Se o motorista insistir em rodar em qualquer dessas situações, o motor pode bater (travar) e o jeito é preparar o bolso. 

Para consertar um carro popular, as oficinas cobram em média R$ 3 mil. Nos veículos movidos a diesel o reparo será ainda mais caro e pode variar entre R$ 6 mil a R$ 10 mil.

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