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Geely GC2, mais um chinês na briga

O compacto da montadora chinesa se destaca pelo custo-benefício e economia

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 25/06/2015 às 9:19
Foto: André Nery/ JC Imagem
O compacto da montadora chinesa se destaca pelo custo-benefício e economia - FOTO: Foto: André Nery/ JC Imagem
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Você compraria um carro chinês? Calma, antes de responder é bom conhecer um pouco mais sobre a Geely e sua aposta para o mercado brasileiro. Estamos falando do GC2, um hatch compacto montado na fábrica da Geely no Uruguai. A marca chegou ao Brasil no ano passado, trazida pelo empresário José Luiz Gandini, representante no País da coreana Kia. Mas, quem é a Geely, afinal? Trata-se do maior grupo privado chinês do setor automotivo. Para ter uma ideia do cacife da empresa basta saber que há cinco anos eles compraram a Volvo, tradicional marca sueca, e também são donos da Manganese Bronze, fabricante na Inglaterra dos tradicionais táxis londrinos, e da australiana DSI, uma das maiores fábricas de transmissões automáticas do mundo. A Geely tem um centro de desenvolvimento na Europa onde engenheiros chineses e europeus juntam os conhecimentos para produzir carros globais.

E o GC2 nisso tudo? Bom, existe um entendimento de que os chineses, desde que abriram sua economia para o resto do mundo, estão aprendendo a fazer carro. E o GC2 pode ser um bom exemplo dessa evolução. Experimentamos uma unidade cedida pela Globo Motors, única revenda Geely do Recife e de cara constatamos que o acabamento do carrinho é superior ao que estamos acostumados a ver em alguns modelos chineses e mesmo em alguns carros populares nacionais. O GC2 chama a atenção pelo interior todo preto com detalhes em plástico imitando fibra de carbono e maçanetas das portas cromadas. A lista de equipamentos de série não é pequena. Além dos já comuns ar-condicionado e direção hidráulica, o GC2 vem com vidros elétricos nas quatro portas, sensor de ré, som com rádio/CD e entrada USB, rodas de liga leve aro 14 e tem até sistema Isofix de fixação de cadeiras infantis (item de segurança que poucos carros nacionais oferecem). Ficou devendo a opção de uma central multimídia com recursos de conectividade. O espaço interno e a visibildade são boas para os ocupantes do banco da frente. Já atrás, só cabem duas pessoas. 

ANDANDO 

O motor do GC2 é um 1.0 de três cilindros de apenas 68 cavalos de potência, movido a gasolina, não é flex. Comparado com o motor de um Volkswagen up!, que oferece 75 cavalos na gasolina, são apenas sete cavalos a menos. Ou seja, o chinesinho anda como qualquer 1.0 de sua categoria. Pelo menos com duas pessoas a bordo ele se saiu bem no trânsito urbano. Claro, com mais passageiros o motorzinho pede redução de marchas para encarar uma subida mais forte. O lado bom mesmo é a economia de combustível. O GC2 fez uma média de 13 km/litro na cidade, e cravou quase 20 km/litro na estrada. A direção é leve e o carro equilibrado. Outro ponto positivo é que o capô tem isolamento acústico, o que ajuda a diminuir sensivelmente o barulho do motor. Um luxo a mais do chinês.

Um ponto que pode incomodar no GC2 é que os cintos de segurança dos bancos da frente não têm regulagem de altura,podendo incomodar alguns motoristas. Ainda no quesito de equipamentos, é curioso encontrar certos exageros para um carro desta categoria, como a regulagem elétrica da altura do facho dos faróis. Mas a regulagem elétrica dos retrovisores externos é bem-vinda. O porta-malas do GC2 é minúsculo, comporta apenas 206 litros. Mas, felizmente, o banco traseiro é facilmente rebatível para quem precisar levar mais carga. Um charme a mais do carrinho, que parece um urso Panda visto de frente, é o vidro traseiro que serve de tampa do porta-malas. Oferecido em versão única com preço de R$ 31.500, e garantia de três anos, o GC2 tem a proposta de uso urbano, podendo ser o primeiro carro de um jovem motorista ou o segundo veículo da família. O apelo do custo-benefício oriental continua imbatível.


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