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Não descuide da correia dentada de seu carro

Peça está presente na maioria dos veículos e precisa ser trocada antes que quebre para evitar prejuízos

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 30/10/2016 às 14:08
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Se existe um componente que costuma ser ignorado na hora da manutenção do carro é a correia dentada. Como é uma peça que não fica aparente, e geralmente dura muito, é comum esquecer de que um dia ela vai precisar ser trocada. Quem ignora isso paga caro. A correia dentada é fundamental para o bom funcionamento do motor. Ela sincroniza o funcionamento de vários componentes internos.

A correia tem “dentes” que encaixam nas engrenagens dos dois eixos do motor, o comando de válvulas e o virabrequim. Feita de borracha, com o tempo, ela vai se desgastando, apresenta rachaduras até partir. Se isso acontecer, prepare-se para gastar muito. Quando a correia arrebenta, as peças internas se chocam e, quanto mais acelerado o carro estiver no momento da quebra, pior.

CORREIA DENTADA

O conserto de um motor 1.0 que teve a correia partida custa entre R$ 1.500 a R$ 4 mil, dependendo do estrago. Já trocar a correia dentada antecipadamente, junto com o rolamento que a faz trabalhar sempre na tensão correta, custa em torno de R$ 300. Daí a importância de fazer a manutenção preventiva. A boa noticia é que os veículos mais modernos trazem correias dentadas com vida útil longa. É o caso do Volkswagen Fox onde a peça dura cerca de 120 mil quilômetros. E o novo Ford Ka vai anda mais longe. O fabricante estima uma duração de 240 mil quilômetros para a peça. Mas, na grande maioria dos carros a realidade é outra.

Para o consultor Alexandre Costa, diretor da Alpha Consultoria Automotiva, aos 40 mil quilômetros é bom ir a uma oficina e fazer a revisão da peça. Se o carro chegou aos 60 mil quilômetros ou cinco anos de uso, aí nem é bom titubear, peça para trocar o conjunto correia dentada e rolamento. “Algumas marcas mandam fazer a troca aos 60 mil km. Outras chegam até os 80 mil quilômetros, mas o que vai prevalecer é como o carro foi utilizado”, diz Alexandre.

Infográfico

CORREIA DENTADA 2016

O consultor explica ainda que o que vale é o tempo que o motor permanece ligado e a forma de utilização do veículo. Mesmo que o carro tenha uma baixa quilometragem, mas passa muito tempo em engarrafamentos, a correia está sendo exigida. A forma de dirigir também influencia no desgaste. Se o motorista trafega por estradas de terra com muita poeira ou gosta de arrancadas e aceleradas fortes, a durabilidade da correia será reduzida. “Em se tratando de correia dentada a troca pode ser antecipada, mas nunca adiada pois uma manutenção que é relativamente barata pode se transformar em um conserto bem caro”, resume o consultor.

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