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Amarok é sonho de consumo dos picapeiros

Testamos a picape Amarok na versão mais luxuosa para entender porque ela atrai tantos olhares

Sílvio Menezes
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Sílvio Menezes
Publicado em 27/04/2017 às 10:54
Foto: divulgação
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A versatilidade para transportar cargas, a imponência de encarar qualquer terreno sem dificuldades, o amplo espaço interno para passageiros e o conforto a bordo fazem das picapes o sonho de consumo de muitos motoristas na cidade ou no campo. É uma meta para ser atingida por vários donos de carros de passeio que almejam um veículo maior. Só que a tarefa de acertar na compra da melhor picape nem é das mais fáceis, pois no mercado nacional existe pelo menos meia dúzia de boas opções. Cada uma com seu apelo e ponto forte, mas quem vem se sobressaindo na disputa por jogar bem em todas as posições é a Volkswagen Amarok, mesmo tendo como concorrentes Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger, Nissan Frontier e Mitsubishi Triton.

A Amarok faz tempo que conquistou o respeito dos picapeiros pelo conjunto. Hoje ela não só disputa, como anda na frente em muitos pontos. Acabamos de testar a Amarok Highline Extreme 2017, justamente a mais completa da família. Vista de fora, não difere muito do modelo anterior. A picape sofreu com o conservadorismo da Volkswagen. A montadora praticamente não mexeu no visual e a picape 2016 é praticamente a mesma de 2017. São alterações sutis, basicamente um para-choque mais avantajado e uma grade dianteira com uma saída de ar maior. Mas isso não tira o mérito do veículo.

AMAROK

A Amarok é uma das mais imponentes do mercado. Não bastasse o interior refinado com bancos de couro, o bom pacote tecnológico e o porte avantajado, a Volkswagen botou o azul cintilante da carroceria para destacá-la ainda mais na rua. Foi aprovada com louvor. A ponto de fazer muita gente torcer o pescoço para admira-la e até parar ao lado dela no engarrafamento em busca de informações a respeito da picape, coisa rara para uma caminhonete que está à venda faz tempo. Por vir bem completa, a Amarok Extreme parece mais bruta, graças a seu santo-antônio largo na caçamba, os estribos laterais e ao pneuzão aro 20. Esses detalhes não são meros enfeites. É charme com funcionalidade.

É andando que se entende melhor o poderio dela. Por causa de sua boa altura em relação ao solo, a caminhonete ganha mais valentia. Rasga lombadas e buracos como se eles não estivessem ali, sem contar que o motorista vê tudo isso lá de cima. Sensores dianteiros e traseiros ajudam o motorista na hora de manobrar o veículo de 5,25 metros de comprimento com 1,94 de largura. A câmera cravada no meio do painel auxilia o condutor no momento de estacionar. Aliás, o interior tem muito do sedã Jetta, modelo de luxo da marca. No painel, comandos no volante. Os assentos do motorista e do carona têm ajustes elétricos e a bancada de couro faz dele uma picape vestida de sedã.

Foto: divulgação
VW Amarok 2017 - Foto: divulgação
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VW Amarok 2017 - Foto: divulgação
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VW Amarok 2017 - Foto: divulgação
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VW Amarok 2017 - Foto: divulgação

O motor 2.0 biturbo diesel gera 180 cavalos de potência garante boas saídas e aceleradas na picape. O motor não é aquele envolvido no escândalo que fraudava as emissões. Tem calibragem diferente, mas uma nova opção deve chegar até o final do ano. O câmbio automático de oito velocidades garante ao motorista trocas de marchas suaves, sem falar na tração integral que dispensa os apertos de botões para encarar o desafio. O carro reage diferente a cada situação. A caçamba suporta até uma tonelada. O modelo avaliado custa R$ 178 mil, mas tem Amarok mais em conta. A Volks tem versões a partir de R$ 114 mil com motor a diesel de 140 cavalos e cabine simples. Só que aí é outro carro e não se compara.

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