SÃO PAULO (SP) Bonito, bem acabado, bem equipado de série, com espaço interno generoso e preços competitivos. Assim é o Argo, o novo carro da Fiat que tem a missão de recolocar a marca entre as campeãs de vendas do segmento. Nos últimos dois anos, é o Chevrolet Onix que aparece em primeiro lugar na preferência dos compradores, seguido do Hyundai HB20. Mas o jogo pode virar.
FIAT
O Argo chega às concessionárias esta semana, em nada menos que sete versões diferentes. Desde o modelo de entrada, com motor 1.0 de três cilindros e 77 cavalos, que custa R$ 46.800, até o sofisticado HGT equipado com propulsor 1.8 de 139 cv e câmbio automático de seis marchas (o mesmo utilizado na picape Toro e no Jeep Renegade). Esta versão top sai por R$ 70 600. Tem ainda a versão 1.3 Drive, 109 cv, com câmbio manual ou automatizado (GSR com acionamento por botões, igual ao do Uno). O Argo 1.3 custa a partir de R$ 53.900. O fato do Argo ter tantas versões é estratégico. A Fiat que seduzir compradores de várias outras marcas e modelos.
O fato de ser um projeto totalmente novo coloca o Argo à frente da concorrência em alguns aspectos. O carro tem espaço interno muito bem aproveitado. A mesma equipe de design que criou o belo desenho da picape Toro, também foi responsável pelas linhas do Argo. Esportivas e modernas. O painel, elegante e funcional, é sinal de que fizeram um bom trabalho. Melhor ainda se vir com a prática central multimídia (disponível a partir da versão com motor 1.3), com tela destacada que lembra alguns carros da Mercedes-Benz. O Argo não passa aquela sensação de aperto, comum aos hatches pequenos e que o comprador acaba se acostumando. O novo carro da Fiat tem o mérito de parecer um nível acima, mesmo na versão básica.
A mecânica não traz novidades, os conjuntos motor e câmbio são os mesmos já oferecidos em carros do grupo FCA. Mas o Argo é muito bem ajustado em termos de dinâmica de condução. Resultado é o prazer em dirigir. São muitos os equipamentos de série. A versão de entrada traz direção elétrica, ar-condicionado e start-stop, que ajuda a economizar combustível, e tela digital no painel de instrumentos em TFT. O Argo mais caro pode vir com partida por botão, controle de estabilidade e tração e assistente de saída em rampas. Curiosamente a Fiat não oferece teto solar em nenhuma versão. Não faz falta. O Argo foi feito para agradar sem subir muito os custos. E parece que pode conseguir.
O repórter viajou a convite da Fiat
