O visual estiloso é a marca registrada que faz o Mini ser inconfundível nas ruas. Quem conhece a fundo os veículos do fabricante inglês sabe que os automóveis da montadora são bem mais do que um carrinho compacto de desenho estiloso. Por reunirem atributos como motor potente, luxo para os ocupantes e traços próprios podem ser considerados verdadeiros carrões. E nós tiramos a prova dos nove de que o que falam por aí deles é verdade. Antes de mais nada é importante esclarecer: se você associa o Mini a uma forma diminutiva saiba que a marca dispõe de uma configuração tamanho família. É o Countryman, uma espécie do Mini anabolizado para encarar desafios como lombadas e buracos e garantir a famílias o prazer do modelo compacto.
O “Minão” é bruto para encarar desafios. Tem até tração integral para encarar lama e terrenos escorregadios, se eles aparecerem pela frente. Mas ele também se revela uma espaçonave na hora de recepcionar motorista e passageiros. Não perde o jeito descolado do Mini menorzinho, mas só que vem com quatro portas para facilitar o acesso de todos. A carinha é bem conhecida do público, com os faróis redondos. E se por fora ele encanta; por dentro judia o desejo de qualquer um que estiver paquerando com ele ao mesclar tradição, requinte e detalhes futuristas. Do acabamento de couro, passando pelas inúmeras teclas e botões espalhados por todo veículo e, claro, até uma telona redonda cravada no centro do painel. O motorista pode até configurar a cor da iluminação ambiente para deixá-lo ainda mais personalizado ao gosto do freguês. São esses dispositivos que jogam o Mini num degrau acima e fazem qualquer um se render ao veículo.
MINI
Testamos exatamente a configuração mais caprichada do Mini Countryman. A carroceria maior mantém a pose da do irmão menor, mas vem com a tecnologia de carro grande. Esse SUV da Mini é vendido em várias configurações. A mais barata sai a partir de R$ 147 mil com o motor 1.5, de 136 cavalos de potência. O modelo intermediário é R$ 169 mil. Mas a melhor é justamente a que testamos, a top de linha, com motorização All Four 2.0 de 193 cavalos de potência. O preço é de R$ 192 mil. Nessa dificilmente o motorista terá do que reclamar. Anda muito e bebe pouco. Só que a pilotagem agrada mais para quem gosta de desempenho. A direção é pesada, como num autêntico esportivo. E isso pode causar um certo desconforto a quem está acostumado a brincar com sedãs e SUVs. Mas nada que comprometa a reputação do Minão.
Por combinar bem o conjunto de tração permanente nas quatro rodas; um motor esperto e uma excelente suspensão suspensão, a dirigibilidade termina sendo bem prazerosa porque o desempenho impressiona. Qualquer triscada no acelerador e o carro dispara. E anda muito. Faz ultrapassagens como esportivos e ainda bebe com moderação. No período do testes o marcador de combustível demorou para se mexer. E registrou consumo médio de 7,5 km/l, uma pechincha no gasto com gasolina para o que entrega.
Pelo jeitão diferenciado praticamente não possui concorrentes direto no Brasil pelo estilo, mas isso não impede dele ter adversários. Certamente vai brigar com SUVs que beiram os R$ 200 mil. Pode ser salgado, mas é uma opção e tanto para quem pode desembolsar a grana sem reclamar muito e curtir o passeio em família.
