Jogo complexo de Eduardo

Publicado em 19/03/2013 às 10:00 | Atualizado em 19/03/2013 às 10:00
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Ao protagonizar cenas explícitas de candidato em busca de mídia e ao dar declarações para apimentar o debate político, Eduardo Campos aquece ainda mais a pré-campanha presidencial. Nos bastidores, os correligionários garantem que ele está com tesão de noivo para enfrentar 2014. Oficialmente, porém, Eduardo nega. O que o está impedindo de romper com o PT? Foi a pergunta mais repetida ontem no mundo político. As respostas revelam que o jogo é complexo. Eduardo precisa driblar algumas resistências entre os governadores do PSB que são candidatos à reeleição. Um rompimento agora com o PT trará prejuízos. Como não pode ser candidato dele mesmo, tem que costurar uma aliança que assegure, pelo menos, cinco minutos no guia eleitoral e palanque no maior número de capitais. Além do mais, para provocar um 2º turno contra o PT, tem que contar com as candidaturas de Aécio Neves (PSDB) e de Marina Silva (Rede). E fazer de tudo para estar neste 2º turno. O governador precisa, sobretudo, de lastro financeiro, o que está sendo perseguido nos eventos de que participa Brasil afora, e de discurso para mostrar como poderá “fazer muito mais”, o que passa pelo viés econômico. Ontem, ele falou dos riscos de crise econômica. Diz que não quer ficar ao lado dos que torcem para o pior, leia-se o crescimento dos índices de inflação e do desemprego, mas está pronto para construir um discurso que combata o pesadelo da vida de várias gerações de brasileiros.

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