Quebrou o silêncio

Publicado em 01/02/2014 às 10:00
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Para não engrossar o caldo da fervura da sucessão do governador Eduardo Campos, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, mantinha-se em silêncio. Em artigo, publicado ontem neste JC, tratou do tema publicamente, após os episódios que revelaram a divisão interna do PSB entre os grupos que defendem um técnico (ele ou Paulo Câmara) e a opção política (Fernando Bezerra Coelho ou João Lyra). Isso ocorre dias depois de o ex-ministro dizer que não quer disputar o Senado, só o governo do Estado. O entendimento da cozinha do Palácio é que Alencar decidiu elogiar a capacidade administrativa de Eduardo, enaltecer o legado das gestões do PSB e arriscar uma frase do tipo “há muito por ser feito” porque tem a certeza que é o escolhido. Do contrário, permaneceria mergulhado. No artigo, Alencar usou de licença poética para reconstruir a cena de posse do governador, em 2007, com direito a citar Madeira do Rosarinho, hino que marcou a campanha de 2006, quando Eduardo venceu a eleição no 2º turno. Para os iniciados, Alencar se posicionou. Falou, inclusive, de sua trajetória até chegar à equipe do governador, que empolga os auxiliares, como ele, a “fazer mais, com menos, em menos tempo”. Encheu a bola do presidenciável, que, para ele, tem elevado o debate sobre os rumos do Brasil e, consequentemente, a dele próprio, cujo projeto derivaria da vontade de dar continuidade aos dois mandatos de Eduardo. Colocou mais gás na fervura.

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