O PT no labirinto

Publicado em 10/10/2014 às 8:30
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O PT de Pernambuco saiu menor das urnas ao não eleger um de seus principais líderes, João Paulo, para o Senado, e nenhum deputado federal. Por isso, encontrará muitas dificuldades para animar a militância e colocá-la nas ruas neste segundo turno. Ela já estava abatida pelas sucessivas derrotas, iniciadas quando o partido entrou no jogo do PSB e abriu espaço para o ex-governador Eduardo Campos consolidar a sua força. O PSB aproveitou a briga dos ex-prefeitos João Paulo e João da Costa em 2009 para construir a vitória que levou Geraldo Julio à Prefeitura do Recife em 2012, acabando com 12 anos de gestão do PT. Geraldo acabou se transformando no algoz da sigla. O PT errou também ao não se apresentar como alternativa de poder. Preferiu apoiar Armando Monteiro a lançar candidato próprio a governador. A aliança com o PTB apequenou ainda mais a legenda. Os líderes do PT terminaram criando um problema na própria base. Os sindicalistas, por exemplo, não engoliram a união com um candidato que representa a classe dos usineiros, dos patrões. Apesar dos esforços feitos para superar, não conseguiram driblar esse entrave. A aliança contribuiu para dar um ar conservador à campanha do PT. Além desses problemas, o PT estadual amargou um liseu triste. A nacional não mandou dinheiro. Agora, o PT tem pouco tempo para tentar sacudir a poeira. Só para lembrar: Pernambuco foi o único Estado do Nordeste que Dilma Rousseff perdeu. E a união PSB-PSDB vem que vem com tudo.

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