Armando e o bate-boca local sobre sua viagem ao Paraguai e Colômbia

Publicado em 14/10/2015 às 6:19 | Atualizado em 15/10/2015 às 13:37
Armando Monteiro Neto (PTB). Foto: Diego Nigro/ Acervo JC Imagem
FOTO: Armando Monteiro Neto (PTB). Foto: Diego Nigro/ Acervo JC Imagem
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Arquivo: Armando Monteiro Neto em entrevista à Rádio Jornal. Foto: Diego Nigro/ JC Imagem Arquivo: Armando Monteiro Neto em entrevista à Rádio Jornal. Foto: Diego Nigro/ JC Imagem   Desde a última sexta-feira, após o ministro Armando Monteiro Neto (PTB) cancelar pela segunda vez o lançamento de um programa de sua pasta na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), um bate-boca se instalou sobre o assunto. O deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) fez críticas à ausência de Armando em um momento difícil da economia, embora o petebista estivesse em missão oficial ao Paraguai e Colômbia. Aluísio inclusive associou os países à pirataria e folha de coca, respectivamente. Isso fez o deputado José Humberto Cavalcanti (PTB) criticar o preconceito de Aluísio sobre os países, seu desconhecimento sobre comércio exterior e sobre a agenda internacional de Armando, que beneficia o setor automotivo e a Jeep de Goiana. Nesta terça (13), Aluísio voltou à questão. E o próprio Armando, através do ministério, divulgou a ligação da viagem com a Jeep - obviamente, sem qualquer menção ao deputado estadual socialista. ALUÍSIO LESSA O deputado Aluísio Lessa primeiro ironizou o conhecimento do deputado José Humberto sobre economia, "muito maior do que a distância que separa Pernambuco das fronteiras com a Colômbia e/ou o Paraguai". Depois escreveu: "O que pode ter causado um incômodo nas hostes do PTB é o comprovado desempenho pífio do Ministério do Desenvolvimento, pois os números mostram que as Exportações brasileiras caíram 24,1% em relação a 2014 . A produção negativa da Indústria , do comércio e de Serviços são aferidos todos os meses pelo IBGE e pelo IPEA , institutos vinculados ao governo federal . Mesmo exportando menos do que 2014, a balança comercial comercial só não fecha no vermelho por causa da desvalorização do Real em relação ao Dólar . E por último sobre Goiana , a desastrada gestão do Prefeito local do PTB Fred da Caixa com 90% de rejeição, que é fiel escudeiro de Armando Monteiro , considera que a Fiat/Jeep foi um Presente de Grego para o município, nem o ministro querendo vender carros para fora (ótimo, se vender ) salva a gestão de Goiana. Já o Deputado José Humberto precisa ler um pouquinho sobre Economia."     O MINISTRO ARMANDO MONTEIRO

Sem citar em uma única linha a polêmica local, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou um release sobre a viagem de Armando aos dois países. Mas claramente relacionado ao assunto. O texto traz afirmações atribuídas ao ministro. Segue na íntegra:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, destacou nesta terça-feira (13) os benefícios que o acordo firmado no último final de semana com a Colômbia trará para a indústria de automóveis do Brasil, em especial para o polo automotivo de Goiana. A parceria comercial selada com a Colômbia prevê a exportação de até 50 mil automóveis brasileiros por ano.

 

A partir do ano que vem, haverá uma cota de automóveis que poderá ser exportada com tarifa zero. Inicialmente, essa cota será de 12 mil veículos, subindo para 25 em 2017 e 50 mil a partir de 2018. “Com este acordo o Brasil volta a ter um espaço no mercado colombiano que pode alcançar já no terceiro ano algo equivalente a 50 mil unidades. Isto representa cinco vezes mais do que o Brasil está vendendo hoje”, afirma Armando.

 

De acordo com o ministro, o acordo terá repercussão direta na produção da Jeep instalada no município de Goiana, Mata Norte de Pernambuco, e de toda a sua cadeia de fornecedores, mantendo e até ampliando os empregos na região.

 

“O acordo é muito importante para algumas unidades e algumas plantas automotivas que foram instaladas mais recentemente, como a da FIAT em Goiana, que entrou num momento em que o mercado doméstico experimenta uma retração. A FIAT de Goiana tem amplas condições de poder beneficiar-se de forma direta deste acordo, vendendo para a Colômbia uma parcela expressiva de sua produção e, o que é mais importante, garantindo a manutenção de empregos de todo este parque fabril, considerando a montadora e todo o polo de fornecedores”, destaca.

 

Terceiro maior mercado da América do Sul, a Colômbia possui hoje uma demanda por automóveis da ordem de 300 mil a 300 mil veículos. Com a indústria automotiva em desenvolvimento, a capacidade de produção do país chega a apenas 120 mil unidades, o que significa dizer que há um grande espaço para a compra de automóveis de outros países por parte do mercado consumidor colombiano. O prazo de vigência do Acordo é de 8 anos, podendo ser prorrogado após o seu término.

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