Prefeito Geraldo Julio (PSB). Foto: Andréa Rêgo Barros/ PCR   Em um cenário de paixões à flor-da-pele, com manifestações poderosas a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) – como se viu sexta (18) em todo o Brasil –, não há como prever com exatidão cenários políticos. Tudo dá nó e os temas se sobrepõem. Neste momento de tamanha tensão, com a democracia em debate, costuras locais rumo às eleições 2016 prosseguem, devido a prazos legais. E também com incertezas. Ao fim da janela partidária, o PDT virou a sétima sigla a dar o seu apoio à reeleição do prefeito Geraldo Julio (PSB). Até pelo caro, o socialista é tido como o favorito. Mas se o PSB festeja o anúncio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, também fala de incertezas, sendo a mãe de todas a crise política, com o cenário embaçado ainda por uma eleição com novas regras. Haverá teto de gastos, prazo menor de campanha formal e uma pré-campanha muito maior, de seis meses. Mas se a crise nacional dificulta a leitura local, no mesmo dia de uma reação ao impeachment o DEM lançou a pré-candidatura de Priscila Krause no Recife, o que refoça a leitura de que a capital deve ter segundo turno pelo número elevado de nomes no tabuleiro. Até aqui, Geraldo cercou aliados, como o PSDB, para reduzir o número de postulações adversárias. Porém o Recife, avaliam lideranças locais, terá segundo turno, quando a eleição é outra. Na primeira eleição do PSB sem Eduardo Campos, Recife será crucial para a sigla em 2018 e a reeleição do governador Paulo Câmara. Geraldo é prioridade do PSB. Em um cenário incerto.   Leia mais: DANIEL COELHO AVISA: COMEÇOU A CORRIDA PELA PREFEITURA DO RECIFE MATEMÁTICA DA OPOSIÇÃO A GERALDO JULIO, POR ENQUANTO, SÓ REGISTRA SUBTRAÇÃO