

Eike Batista, a face do capitalismo de "campeões nacionais" do PT
Como a delação do pernambucano Pedro Corrêa complicou Lula de vez
"Eu tive pouca relação com Eike Batista durante todo o meu mandato. O Eike Batista era tido e havido como o mais bem sucedido empresário brasileiro. Eu participei de um encontro em Comandatuba, chamado Hijos e Nietos de Los Hombres Más Ricos de La América Latina. Estava lá o Eike Batista disputando com o [Carlos] Slim, da Telefónica, quem era o homem mais rico do mundo. O Eike Batista dizendo que ia passar o Slim", disse Lula.
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Em seguida, falou que "ele [Eike] era uma figura bajulada. É só pegar o que se escrevia do Eike Batista. Eu nem sei se ele disse aquilo mesmo [a delação]. Se é verdade aquilo mesmo".
Como era uma afirmação um tanto estranha, o comunicador Geraldo Freire, então, interpela o ex-presidente para dizer que a delação passou até na TV, por ter sido registrada em vídeo. Só aí Lula muda a linha de argumentação:
"Se ele [Eike] fez, ele cometeu um crime. Se ele cometeu um crime, ele pague pelo crime que cometeu. Eu sinceramente acho que tem que ser assim o País, sabe? Eu não sei se é verdade o que ele falou. Por enquanto eu só ouvi ele. Eu não ouvi o Guido ainda. Não conversei com o Guido. Não sei se ele disse. Aquilo quem disse foi a mulher do João Santana. Então é um disse que disse perigoso".
Pode escutar a entrevista, no player abaixo.