Criticado por superexposição na mídia, "Hipster da Federal" já tem assessoria para comunicação com a imprensa

Publicado em 01/11/2016 às 15:10
Prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
FOTO: Prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
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Prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil Prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil   Fenômeno instantâneo nas redes sociais, o agente da Polícia Federal Lucas Valença parece de fato ter assumido o status de webcelebridade, após ter atuado na prisão do ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Ele já havia participado do programa de Fátima Bernardes, na TV Globo. E agora conta com uma assessoria de comunicação com a imprensa - um serviço especializado justamente para tentar emplacar matérias em jornais e portais de notícias. Coisa que mesmo o "Japonês da Federal", Newton Ishii, jamais chegou a contratar.  
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  O mais curioso? No contato com a imprensa, a própria assessoria do agente o descreve como "mais conhecido como Hipster/Lenhador da Federal". No imaginário popular, Lucas, barbudo e com um coque no estilo samurai, tomou o lugar do "Japonês da Federal" e também virou um personagem, o "Hipster da Federal", em referência ao estilo "hipster" - que descreveria algo como um lenhador urbano, digamos.  
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  Nesta terça (1º), a assessoria de comunicação do agente enviou um comunicado para desmentir boatos sobre reprimendas da PF contra ele. Confira a nota:  

HIPSTER DA FEDERAL: LUCAS VALENÇA NÃO DESRESPEITOU QUAISQUER NORMAS DA PF

Lucas Valença não foi convidado para conceder entrevistas enquanto representante da Polícia Federal, mas sim na condição de cidadão que possui interesse da sociedade. Valença não foi exonerado nem afastado do cargo, nenhuma notificação chegou ao agente. As férias de Lucas já estavam marcadas para novembro e, por conta do que aconteceu, ele pediu para antecipá-las para o último dia 24. Também não recebeu nenhum tipo de aconselhamento de adiantar as férias, como algumas informações divulgadas. As entrevistas só foram concedidas depois que Lucas teve a confirmação de que as férias foram autorizadas. É inverdade que Valença esteja respondendo qualquer procedimento administrativo na PF, que tenha sido admoestado por conta das entrevistas concedidas e que teria sido avisado de que estava violando o estatuto da profissão. Além disso, o agente não foi aconselhado a deixar de ir a programas de TV e conceder entrevistas. Não contratou empresário e, para auxílio em veículos de comunicação, conta com a ajuda da assessoria de imprensa de seu amigo pessoal. O agente não recebeu nenhum tipo de cachê em qualquer programa que foi ou por qualquer entrevista que tenha fornecido. Sendo assim, Lucas Valença não desrespeitou nenhuma regra do código de conduta da PF e reforça todo o seu respeito para com a Instituição Polícia Federal e, principalmente, em relação às investigações protagonizadas por profissionais, sempre protegidas pelo sigilo e confidencialidade. Assessoria Lucas Valença Brasília, 1º de novembro de 2016.

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