Para barrar denúncia, Temer pedirá que deputados faltem. Oposição precisa de 342 votos

Publicado em 28/06/2017 às 7:52
Michel Temer (PMDB). Foto: Lula Marques/Agência PT
FOTO: Michel Temer (PMDB). Foto: Lula Marques/Agência PT
Leitura:
Michel Temer (PMDB). Foto: Lula Marques/Agência PT   Se o presidente Michel Temer (PMDB) parte para um ataque público contra o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pedirá à base um sacrifício bem discreto: que os deputados nem apareçam para votar a denúncia no plenário. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi assim. A lei não exige 172 votos para barrar um processo contra o presidente. A oposição é que precisa de 342 votos. Assim, deputados nem precisariam se expor dando apoio a Temer. Bastaria que não fossem votar.  
FHC defende eleições antecipadas e diz que seria "gesto de grandeza" de Temer
Destino de Lula, líder nas pesquisas, vai definir quem será o candidato do PSDB em 2018
PSB se junta a PT e pede Diretas Já. "Bandeira não pode ser de um só partido", diz socialista
  O artigo 51 da Constituição, inciso I, diz que a Câmara precisa autorizar, “por dois terços de seus membros”, o processo contra o presidente. Ou seja, os defensores da denúncia é que precisam de votos: 342. Contra Dilma, a oposição só teve sucesso com a traição do PMDB e outras siglas. Temer, até aqui, tem a maioria – declinante, verdade. Mas a oposição está longe de 342 votos.  
João Doria diz que vai receber título de cidadão recifense. Mas homenagem sequer foi proposta
Volta do lulismo no interior faz PT de Pernambuco mirar Câmara Federal e cogitar disputa pelo governo
Entrevista com Gilmar Mendes: "Deus nos livre sermos geridos por juízes"  
Procurador concursado, ex-procurador geral do Estado, Tadeu Alencar (PSB) é crítico de Temer. Reafirma a baixa popularidade dele e defende eleições antecipadas. Analisando a lei, porém, diz que a vantagem de Temer é que seus aliados não precisam fazer nada. Basta faltarem. “É diferente. Uma coisa é alguém se expor, colocar o rosto e defender Temer, outra é não ir”, avalia Tadeu.

Últimas notícias