Para Jarbas Vasconcelos, Temer usa "90% ou mais de seu tempo para se defender"

Publicado em 30/06/2017 às 14:34 | Atualizado em 30/06/2017 às 14:41
Para Jarbas Vasconcelos, Michel Temer não tem condições de governar apenas com apoio do PMDB:
Para Jarbas Vasconcelos, Michel Temer não tem condições de governar apenas com apoio do PMDB: "O País não aguenta". - Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados
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Deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB). Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados   O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou, nesta sexta (30), que o presidente Michel Temer (PMDB), em vez de se concentrar em governar, tem utilizado "90% ou mais de seu tempo para se defender". Jarbas defendeu e incentivou um eventual governo Temer, antes do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta sexta, evitou críticas diretas ao peemedebista, mas disse considerar a denúncia  do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, "com provas robustas", enquanto o presidente ainda não apresentou uma "defesa técnica" publicamente.  
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  "Não faz mal nenhum dizer isto: Temer hoje não pensa em outra coisa, a não ser na manutenção do mandato dele", declarou Jarbas, em entrevista à Rádio Jornal. O peemedebista, ex-senador e ex-governador de Pernambuco, lembrou que foi um dos primeiros a defender que Temer assumisse o País e chegou a qualificá-lo como "homem de bem". "O entorno dele sempre foi ruim", disse, nesta sexta. E ponderou que a denúncia de Janot traz "fatos robustos contra o presidente da República", enquanto Temer se defendeu apenas de forma acusatória. Para o deputado, Janot deveria ter dado também uma resposta técnica às acusações. "Ele não fez isso", enfatizou o deputado peemedebista.  
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Jarbas Vasconcelos não deixou claro se votará a favor ou contra a denúncia, quando chegar a votação do plenário, pois ainda vai avaliar tecnicamente a defesa. O deputado, porém, acredita que Temer reúne maioria de votos para conseguir vencer o embate político. O problema, avalia, é o que vem depois: o cenário político está muito instável e há incerteza sobre a continuidade de Temer até o fim do mandato. "Mas é uma hipótese viável, Temer ficar até 2018", observou. "Junho não pode ser pior do que julho", pontuou, antes de ser provocado sobre a fama de "agosto, mês do desgosto". "E ainda tem agosto", completou, em tom de humor.

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