Ministro da Saúde culpa governos do PT e questiona Humberto Costa por "esqueleto" da Hemobrás

Publicado em 09/08/2017 às 14:19 | Atualizado em 09/08/2017 às 16:32
Ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR). Foto: José Cruz/Agência Brasil
FOTO: Ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR). Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR). Foto: José Cruz/Agência Brasil   O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), culpou os governos Lula e Dilma Rousseff (PT) pelo que chamou de "esqueleto de uma fábrica", a estatal Hemobrás, localizada em Goiana. Em entrevista à Rádio Jornal, o ministro atacou nominalmente o senador Humberto Costa (PT), líder da oposição no Senado, e que hoje aparece como um dos principais críticos da proposta de Barros para a Hemobrás.  
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  A Hemobrás foi a primeira estatal criada por Lula, em 2004. As obras deveriam durar cinco anos e custar R$ 500 milhões. Já foram gastos R$ 834 milhões em obras, a estatal acumula R$ 540 milhões em dívidas por um contrato descumprido e ainda precisa de US$ 250 milhões - de R$ 700 milhões a R$ 800 milhões - para concluir a construção em Pernambuco, que tem 70% de execução física e 60% dos equipamentos prontos. "Eu tenho a solução para terminar. Não fui eu quem fiz o problema. Pergunte ao governo do PT e ao Humberto Costa por que a fábrica não foi terminada", afirmou o ministro. Mais adiante, na entrevista, ele fez questão de dizer estar disposto a um debate "sem argumento fútil e sem ser atacado pelo senador Humberto Costa, que foi ministro de um governo que em 14 anos não resolveu o problema". "E eu trago a solução", completou. Há duas linhas de produção previstas para a Hemobrás, ambas através do instrumento chamado Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), que permite a transferência de tecnologia para o Brasil. Mas o que tem gerado polêmica em Pernambuco é um acordo de transferência de tecnologia com a multinacional Shire, que fornece o chamado fator recombinante há cinco anos para o Brasil, sem licitação, registra o ministro.  
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  "São duas PDPs que tem aí. As duas estão totalmente prejudicadas. A da LFB, que tem o PDP do fracionamento, e está interditada lá na França pela Anvisa, e a Shire, que está há cinco anos vendendo sem licitação para o ministério, não colocou um tijolo da fábrica, a Shire, em Pernambuco, em Goiana. Não existe nada da fábrica de recombinante. A de fracionamento está inacabada", afirmou o ministro. A Shire e a Octopharma disputam o contrato pela conclusão da fábrica de Pernambuco, em troca de construírem uma nova fábrica do fator recombinante. Mas a nova fábrica seria em Maringá, no Paraná, reduto eleitoral de Barros.

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