Bolsonaro não conseguirá ter um partido para que seu grupo dispute eleições municipais. A impossibilidade já é admitida até por bolsonaristas mais empolgados. Apesar de ter conseguido recolher o número mínimo de assinaturas, é preciso validar essas assinaturas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral.
Das 492 mil necessárias, o Aliança conseguiu validar, segundo dirigentes do futuro partido, pouco mais de 1%, algo em torno de cinco mil. Ao mesmo tempo, quase 14 mil assinaturas cadastradas foram rejeitadas pelo Tribunal. Nesse ritmo, dificilmente o prazo que vai até o início de abril poderá ser cumprido.
Em vários Estados, os bolsonaristas já abriram negociação com outras siglas para disputarem prefeituras ou vagas de vereador. Há quem acredite que o próprio Bolsonaro não está torcendo muito para que o partido saia do papel por enquanto. Teme que dois anos de má administração de qualquer filiado eleito em 2020 possa atrapalhar seus planos em 2022.
Se o partido não for aprovado agora, será uma novidade na eleição presidencial e quem tiver tido problemas em outros partidos "pode ficar por lá mesmo". O problema é que além de faltar dinheiro, como já falta, vai faltar o colchão eleitoral também. Vão continuar apostando nas redes sociais.
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