O Presidente da República Federativa do Brasil, Jair Bolsonaro, passou de todos os limites. O nome completo do cargo é proposital, para que fique clara a importância formal a qual seu ocupante parece ignorar.
Em todo o mundo, mais de cinco mil pessoas já morreram. Líderes mundiais estão preocupados. Inclusive os governantes de países que Bolsonaro admira e tenta emular.
Nos EUA, medidas radicais estão sendo tomadas até com fechamento dos aeroportos para voos vindos da Europa. A terra de Trump que é modelo para o presidente brasileiro, tem mais de 40 mortes e mais de 1600 casos confirmados.
Na Itália, nas últimas 24h morreram mais de 360 pessoas por causa do vírus.
Em Israel, mais de 32 mil pessoas estão em quarentena.
No Brasil, Bolsonaro aproveitou o domingo para ignorar o próprio isolamento e foi confraternizar com manifestantes que o apoiam.
Abraçou todos que podia abraçar, foi uma festa para o ex-deputado de baixo clero, que não podia perder a oportunidade de ser idolatrado como sempre deve ter sonhado e nunca teve oportunidade.
O custo da vaidade, pode ser muito alto. Ao ignorar as recomendações dos médicos e do próprio ministro da Saúde, Bolsonaro provou que pode ser tão populista e inconsequente quanto Lula sempre foi. E, mais que isso, colocou em risco a própria vida e a das pessoas que abraçou.
Ao mesmo tempo, passou um recado para a população: o de que tudo o que o próprio ministro da Saúde disse, sobre não abraçar, não apertar mãos e o risco que se corre com o Coronavírus "é mentira” ou "fantasia", como ele mesmo chegou a afirmar antes de descobrir que seis membros de sua comitiva em viagem recente, tinham testado positivo para a doença.
O ministro Luiz Mandetta, que faz um trabalho irretocável até agora e tem sido o verdadeiro herói nesse vendaval, em nome do próprio currículo, precisa pedir demissão assim que a crise passar.
Bolsonaro passou de todos os limites e a questão que precisa ser observada é que a democracia está em curso e as instituições seguem funcionando.
Não basta apenas acreditar no óbvio, é preciso fazer o óbvio também.
O que, obviamente, instituições como STF e Congresso, com seus poderes supremos, devem fazer quando são confrontadas com atitudes desse tipo que colocam em risco a vida de todos os brasileiros?
Reagir.
Farão isso ou continuarão aguardando "momento propício"?
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