Cresce entre políticos pernambucanos a ideia de que, se não for o caso de adiar, ao menos uma decisão sobre o calendário eleitoral seja tomada o mais rápido possível.
Há datas já muito próximas nesse calendário, como o prazo para desincompatibilização do serviço público que inicia no próximo dia 4 de abril.
Com as previsões de que o pico da pandemia acontecerá somente em junho ou julho, até as convenções ficarão comprometidas.
O deputado federal André Ferreira (PSC) é um dos que defende que o foco precisa ser o combate à doença e não a eleição.
Danilo Cabral (PSB), também deputado federal, tem defendido que o dinheiro da eleição seja transferido para a contenção ao vírus. O socialista apresentou emenda à Medida Provisória que libera dinheiro para o Ministério da Saúde e solicitou que fosse utilizado também o dinheiro do Fundo Eleitoral, algo em torno de R$ 2 bilhões.
Além de tudo, candidatos não sabem como chegarão aos eleitores sem que haja contato com o público. Nos bastidores, há quem defenda até que a eleição seja adiada para o fim do ano ou para 2022, com votação para todos os cargos de uma vez.
E aí, toda a legislação eleitoral teria que ser alterada. O TSE, inclusive, não pode simplesmente mudar o calendário porque ele é definido em lei. Mas, algo terá que ser feito.
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