O centrão quer todos os espaços possíveis no governo Bolsonaro, menos os que indiquem que eles estão apoiando o governo Bolsonaro.
Porque o maior problema para o apoio é o próprio presidente e a maioria não está disposta a se comprometer com alguém que é tão instável em múltiplas frentes.
Um parlamentar que conversou com a coluna e cujo partido integra o centrão, explica que dois ou três cargos de segundo escalão não prendem partido ou bancada nenhuma.
Na prática, ao negociar com o centrão e gostando de provocar crises do jeito que gosta, Bolsonaro não está fazendo nada além de contratar uma traição mais à frente.
Esta fonte lembra que Dilma Rousseff (PT) tinha partidos do centro ocupando ministérios de porteira fechada e caiu. “Faltando algumas semanas para a votação do impedimento, os partidos começaram a devolver os cargos”, lembrou.
Na hora crucial entre afundar junto ou salvar a própria pele, a decisão pela segunda hipótese é muito rápida.
Ainda mais com um presidente que faz de tudo para chamar a atenção, mesmo que de forma negativa.
Quem está ali para aproveitar verbas e cargos, sem incômodo, gosta de ser discreto.
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