Sorteio

Ana Arraes foi sorteada para ser relatora, no TCU, do caso dos respiradores testados em porcos

Chama atenção porque esse é um caso com potencial para assombrar a campanha de João Campos (PSB) à prefeitura da Capital. Campos vem a ser neto da ministra Ana Arraes.

Igor Maciel
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Publicado em 30/06/2020 às 15:02 | Atualizado em 30/06/2020 às 18:32
Foto: Agência Câmara
Ministra do TCU ressentiu-se com o fato de o neto ter dito, no início do ano, na Câmara dos Deputados, que o tio, Antônio Campos, "é um sujeito pior" do que o então ministro Abraham Weintraub - FOTO: Foto: Agência Câmara

* Atualizado às 18h30 

A ministra Ana Arraes, do Tribunal de Contas da União, foi sorteada para ser a relatora do caso dos respiradores comprados pela prefeitura do Recife, relacionado aos respiradores adquiridos pela gestão e que só haviam sido testados em porcos.

As investigações do Caso Juvanete, como ficou conhecido, começaram a partir de uma representação do Ministério Público de Contas (MPCO), protocolada em 23 de abril pelo procurador Cristiano Pimentel.

Chama atenção porque esse é um caso com potencial para assombrar a campanha de João Campos (PSB) à prefeitura da Capital. Campos vem a ser neto da ministra Ana Arraes.

No início do ano, avó e neto protagonizaram uma crise política, com direito a rompimento público e briga familiar.

Igor Maciel: Briga de Ana Arraes e João Campos expõe 'monarquia socialista' de Pernambuco

Juvanete é o nome da proprietária de uma empresa de colchões e material veterinário que vendeu respiradores testados em porcos, como se fossem para uso humano, à prefeitura.

O fato levou a uma investigação da Polícia Federal que está em andamento e à apuração no TCU também.

Em dezembro, Ana Arraes deve assumir a presidência do TCU e o processo iria para outro relator.

Atualização

O sorteio aconteceu no dia 22 de junho, quando Ana Arraes foi escolhida. Hoje ela avisou que vai rejeitar a relatoria. A informação é que, desde a época em que Eduardo Campos, filho dela, era governador, a ministra evita relatar qualquer processo referente ao Estado, evitando questionamentos sobre suspeição. Uma atitude justa.

 

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