O ministro da Educação, Abraham Weintraub, pode até pedir demissão, mas terá que responder pelos crimes que cometeu. São dois. Um por ter ofendido chineses, num caso de xenofobia, outro por ter ofendido os ministros do STF, num caso de falta de educação e respeito mesmo.
O depoimento sobre as ofensas ao STF já aconteceu. Em tese, já que o ministro da Educação não falou nada, ficou mudo do começo ao fim, igual criança birrenta que não sabe o que dizer sobre a própria falta de educação. Apesar da ofensa grave, é de menor potencial.
O segundo depoimento é sobre o caso em que ofendeu os chineses e está marcado para esta quinta-feira (04). Esse é mais complicado, xenofobia, envolve racismo.
Weintraub pediu ao STF que o depoimento desta quinta fosse mudado. Queria escolher outra data e hora. Celso de Mello, ministro do STF, praticamente mandou dizer que ele, Weintraub, não decide isso. Pra ficar claro, somente vítimas podem escolher data e hora de depoimento. O acusado obedece.
Suspeita-se que, ao abandonar o cargo de ministro, Weintraub quer arrastar tudo para um longo e complexo processo na Justiça comum e assim ficar impune no fim das contas. Acredita que no STF a tramitação será muito rápida e pode ter uma punição exemplar. Celso de Mello entendeu a jogada e manteve o depoimento.
Há quem diga que, mesmo pedindo demissão ou sendo demitido, Weintraub seja obrigado a continuar sendo julgado pelo STF no caso dos chineses. Julgado pelos mesmos ministros que ele chamou de vagabundo.
O nome disso é consequência.
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