Candidatura de negociação

Pré-candidatos usados como moeda de troca em Pernambuco, outra vez

Túlio Gadelha de 2020 é Marília Arraes de 2018. O PDT de agora é o PT de antes. E a negociação é a mesma. Ou, quase que exatamente a mesma.

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 11/06/2020 às 9:46 | Atualizado em 11/06/2020 às 9:51
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Ciro Gomes (PDT) - FOTO: Foto: ABr

O tom usado por Ciro Gomes (PDT), na entrevista à Rádio Jornal, para falar sobre a eleição municipal do Recife mostra que o partido, realmente, joga com a pré-candidatura de Túlio Gadelha (PDT) para negociar apoio do PSB em outras lutas e em outros locais de Pernambuco e do Brasil.

Perguntado sobre o tema, o ex-ministro elogiou João Campos (PSB), lembrou que ele é “filho de Eduardo Campos, meu grande amigo”, e fez questão de ressaltar sua combatividade na Câmara Federal.

Em seguida, fez elogios muito parecidos a Túlio Gadelha, mas lembrando que o PDT tem uma resolução determinando que a sigla deve lançar candidatos próprios em municípios com mais de 200 mil eleitores.

Até aí, é como se a parada estivesse decidida por Túlio.

O problema é o que ele disse antes de começar a resposta.

Ciro Gomes, como todo político que sabe passar um recado como introdução para só depois ir ao assunto, iniciou a fala explicando que o PSB faz parte de um grupo que negocia aliança nacional com o PDT, com PV e Rede.

Essa aliança é que é a prioridade, “na luta contra Bolsonaro e pela democracia”.

É como se não tivesse ficado claro. Mas, ficou.

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