A remoção de contas do Facebook ligadas a Jair Bolsonaro e aos bolsonarists foi detalhada em um comunicado da equipe de cibersegurança da empresa. No total foram 35 contas, 14 páginas e um grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram canceladas após a investigação.
Os grupos utilizavam contas duplicadas e falsas para fingir que eram veículos de "comunicação independentes”. Outros se passavam por repórteres que, na realidade, não existem.
O objetivo era espalhar informações falsas como se fossem notícias. "Os conteúdos publicados eram sobre notícias e eventos locais, incluindo política e eleições, memes políticos, críticas à oposição política, organizações de mídia e jornalistas, e mais recentemente sobre a pandemia do coronavírus”, diz o relatório.
A rede era controlada por, pelo menos, cinco funcionários de gabinetes bolsonaristas, incluindo o de Eduardo Bolsonaro, na Câmara Federal.
O assessor especial da Presidência da República Tércio Arnaud Thomaz também está envolvido. A investigação do Facebook reforça as denúncias sobre a existência de um “Gabinete do ódio”, dentro do Palácio do Planalto. Tércio sempre foi apontado como integrante desse grupo que funciona próximo ao presidente e teria o objetivo de gerenciar uma milícia virtual para atacar adversários políticos nas redes sociais.
Em outra ponta, através de vídeos no Youtube, outro grupo atuava criando noticiários paralelos para atacar instituições, políticos de oposição e inimigos pessoais do presidente.
Nesse caso, a atuação do STF tem tido efeito. Recentemente, com medo do que poderia acontecer, por causa do conteúdo falso que estavam produzindo, integrantes desse grupo apagaram mais de 3 mil vídeos na plataforma.
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